A Secretaria Municipal de Educação (Semed) de Campo Grande foi uma das 20 redes de ensino do país a conquistar o Selo Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva de Educação para as Relações Étnico-Raciais, concedido pelo Ministério da Educação (MEC). O reconhecimento destaca o compromisso da capital sul-mato-grossense com práticas educacionais voltadas à promoção da equidade racial, valorização das culturas afro-brasileiras e quilombolas e combate ao racismo estrutural nas escolas.
A seleção faz parte da Política Nacional de Equidade, Educação para as Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola (PNEERQ), coordenada pela SECADI/MEC, e garantirá à capital o repasse de R$ 200 mil por proposta contemplada, via Plano de Ações Articuladas (PAR). Campo Grande apresentou duas iniciativas voltadas à formação continuada de professores e implementação de práticas pedagógicas antirracistas na rede municipal.
O secretário municipal de Educação, Lucas Henrique Bittencourt, celebrou a conquista:
“Receber o Selo Petronilha é uma honra e uma responsabilidade. É a confirmação de que Campo Grande está no caminho certo ao investir em uma educação comprometida com a justiça social, com o combate ao racismo e com a valorização da história e da identidade do nosso povo.”
Segundo a superintendente de Políticas Educacionais da Semed, Ana Dorsa, o resultado é fruto de um trabalho contínuo e participativo:
“Esse reconhecimento valida a trajetória construída em Campo Grande com o fortalecimento das políticas afirmativas na educação. Criamos espaços de escuta ativa com as comunidades escolares e desenvolvemos práticas que realmente impactam a sala de aula.”
O chefe da Divisão de Políticas Específicas de Educação, Felipe Augusto, que coordenou a elaboração técnica das propostas, enfatizou o caráter permanente das ações:
“Trabalhamos para que as ações não sejam pontuais, mas estruturantes, com impacto real na formação dos educadores e no currículo das escolas.”
A conquista tem base legal nas Leis nº 10.639/2003 e nº 11.645/2008, que determinam a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira, africana e indígena no currículo escolar. Com o selo, Campo Grande se firma como referência nacional na implementação de políticas públicas de diversidade e combate às desigualdades raciais na educação.