O único privilégio que o procurador de Justiça Carlos Alberto Zeolla tem recebido nestes primeiros dias de carceragem é permanecer sozinho em uma cela. Ele foi preso na, última terça-feira (3), acusado de matar o sobrinho, Cláudio Alexander Joaquim Zeolla, de 24 anos. Zeolla está detido em uma das celas especiais do Grupo Armado de Repressão a Roubos, Assaltos e Sequestros (Garras).
Segundo informações do Delegado Ivan Barreira, a cela onde está o procurador possui apenas uma cama e uma banheiro. Ele tem recebido o mesmo tratamento que recebem os outros presos, tirando o fato de estar sozinho. Zeolla recebe visitas apenas da família e de advogados em um horário estabelecido pelos policiais.
Segundo o Delegado, o procurador de Justiça também tem recebido atendimento médico e passa a maior parte do dia dormindo. “Ele come as mesmas coisas que os outros presos, a não ser que a família traga alguma coisa especial...ele não faz nenhuma exigência especial em razão de ser procurador”, disse Barreira. A polícia ainda não tem informação sobre qual presídio Zeolla será levado após o julgamento.
O crime aconteceu na manhã da última terça-feira (3). Cláudio Alexander Zeolla foi morto com um tiro na nuca quando chegava em uma academia, na Rua Bahia, esquina com ruas São Paulo e Pernambuco. O rapaz chegou a ser socorrido em estado grave, mas morreu no fim da manhã na Santa Casa de Campo Grande. O A prisão do procurador só foi anunciada por meio de nota oficial, às 22h30, do mesmo dia.
O testemunho de um adolescente de 16 anos foi a principal justificava para determinar a prisão do procurador. O rapaz de 16 anos trabalharia para o procurador como motorista e uma espécie de faz-tudo, pagando contas e fazendo serviços bancários.