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Polícia Quinta-feira, 21 de Julho de 2011, 15:13 - A | A

Quinta-feira, 21 de Julho de 2011, 15h:13 - A | A

Polícia não descarta possibilidade de homicídio em caso de menina encontrada morta

Valquíria Oriqui - Capital News (www.capitalnews.com.br)

Juliana Diaz, de 19 anos, foi encontrada morta, na manhã de ontem (20), próximo às margens do rio Paraguai, em Corumbá. Juliana desapareceu na segunda-feira (18) depois de dizer para a mãe que iria resolver um problema.

Segundo informações do delegado de Corumbá responsável pelo caso, Enilton Zalla, a menina teria feito um último contato com a mãe, Maria, de 41 anos, na segunda-feira, por volta das 23 horas, por meio de uma mensagem via telefone celular escrito “Mãe, eu te amo”.

Em seguida a menina teria enviado outras mensagens para uma amiga dizendo que teria sido abusada pelo padrasto, Ruben, de 39 anos, aos 12 anos de idade, e que, além disso a mãe e o padrasto brigavam demais e que a vida dela seria um inferno dentro de casa.

Ainda no mesmo dia e no mesmo horário em que Juliana mandou a mensagem para a mãe, ela teria enviado mais cinco mensagens para uma amiga sugerindo que pretendia cometer suicídio. Após receber as mensagens a amiga foi até o Porto tentar localizar a amiga, porém, não obteve sucesso.

Segundo o delegado Juliana também teria mandado mensagens de email para outra amiga dela em tom de despedida. “A polícia não está convencida deste suicídio e trabalha com hipótese de homicídio também. Tenho dois emails que foram encaminhados para uma amiga dela e que foram escritos por duas pessoas diferentes. Além disso, no horário do encaminhamento do email Juliana já teria se jogado no rio”, informa o delegado.

Zalla relata que agora a polícia está seguindo o caminho de Juliana. “Vamos investigar de onde veio o email. Estamos tentando esclarecer os fatos para que possamos ter uma conclusão. A prova mais patentes é de um suicídio, mas a polícia não trabalha com a primeira coisa que aparece para ela. As investigações estão prosseguindo para que possamos esclarecer os pontos obscuros”, diz o delegado.

Já prestaram depoimentos à polícia a mãe de Juliana, duas amigas e o padrasto. O delegado diz que a mãe da menina nega que o padrasto tenha abusado sexualmente da filha, porém, afirma que o relacionamento dos dois era bem conturbado e que no dia do desaparecimento da menina ele teria questionado à ela sobre o paradeiro da filha. “Onde está a vagabunda da sua filha?”.

Conforme conta Zalla, Maria confirma que o padrasto da menina era violento quando ingeria bebiba alcoólica e que ele mal tratava a filha. As investigações estão perto de serem concluídas, diz o delegado.

 

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