Terça-feira, 23 de Setembro de 2008, 18h:08 -
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Polícia identifica autores da chacina em Guaíra
Da Redação (JG)
A polícia do Paraná já identificou os autores do assassinato de 15 pessoas, na considerada a maior chacina da história recente do estado, ocorrida ontem (22), em no município de Guaíra (região oeste), fronteira com o Paraguai. O delegado-chefe da Polícia Federal de Guaíra, Érico Ricardo Saconato, disse à Agência Brasil que estão confirmadas as participações de três suspeitos no crime, identificados em depoimentos de alguns dos oito sobreviventes. Os três estão com prisão preventiva decretada.
Após o crime, que foi “um acerto de contas entre traficantes da região”, segundo o delegado, os três fugiram de barco para o Paraguai. Autoridades brasileiras e paraguaias se reuniram esta tarde para acertar detalhes das buscas e apurar mais detalhes dos assassinatos.
Uma força-tarefa com mais de 200 policiais de Guaíra, Toledo, Cascavel e de outras cidades vizinhas, além do efetivo da Ronda Ostensivas de Natureza Especial (Rone), de Curitiba, estão no município para auxiliar nas investigações.
Os assassinos, todos eles brasileiros, chegaram de barco na tarde de ontem (22), pelo Lago de Itaipu, a uma pequena favela, conhecida por Vila Santa Clara, onde as vítimas moravam. A comunidade fica na entrada do município de Guaíra.
Segundo a polícia, o local do tiroteio, uma casa num sítio, era usado para armazenar produtos de tráfico. Jocemar Marques Soares, conhecido por Polaco, que já cumpriu pena por trafico de drogas e que estaria devendo R$ 4 mil para o bando rival, foi localizado pelos assassinos num dos barracos. Ele estava acompanhado por duas mulheres, que foram as primeiras a serem assassinadas. Depois, os bandidos forçaram Polaco a ligar para seus comparsas e pedir que fossem a um galpão próximo ao barraco. Lá, foram rendidos, amarrados e executados.
De acordo com o delegado, cinco feridos continuam hospitalizados, sob proteção policial. Três sobreviveram após se fingirem de mortos. “O receio da polícia é de que esses três contrabandistas, que cometeram os crimes, sejam assassinados pela própria quadrilha como queima de arquivo”, disse o delegado. (Com informações da Agência Brasil)