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Polícia Terça-feira, 10 de Abril de 2012, 13:21 - A | A

Terça-feira, 10 de Abril de 2012, 13h:21 - A | A

Polícia cita que garoto planejou a morte dos irmãos e crime foi premeditado e sem justificativas

Alessandra Carvalho - Capital News (www.capitalnews.com.br)

A delegada Maria de Lourdes, da Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude (Deaij), ouviu três testemunhas, o pai, a mãe e o garoto de 15 anos que matou os dois irmãos no último sábado (7) no bairro das Moreninhas II em Campo Grande.

A mãe do garoto G.E.V, 15 anos, disse que há um mês ele estava diferente e tinha uma certa implicância com os dois irmãos e estava um pouco agressivo com eles. E reforçou dizendo que não achada aquilo nada de estranho.

Conforme a delegada Maria, os pais estão muito abalados e perdidos. O garoto tinha tudo o que os outros dois irmãos tinham e mesmo assim planejou matar os dois. Em depoimento o garoto disse para a delegada que não tinha motivo para matar os dois irmãos. E relatou também que a Valquíria e o Rodrigo, sempre trataram ele com muito carinho e sempre emprestava as coisas que ele pedia.

G.E.V, relatou em detalhes durante o seu depoimento como ele pegou a arma que era do pai. A arma estava dentro de um guarda-roupa em um cômodo da casa. O adolescente passou por uma janela e entrou no cômodo, abriu o guarda-roupa e pegou a arma. Na saída do cômodo ele quebrou o cadeado de outra janela.

Foi até o quarto do irmão Rodrigo e atirou no peito dele. A irmã Valquíria escutou o barulho e perguntou para o Rodrigo o que estava acontecendo, quando o adolescente atirou na irmã. Valquíria bateu na porta do quarto dos pais que tinham saído e não estavam em casa. O adolescente atirou novamente no corpo da irmã. Ela caiu no chão agonizando. G.E.V, arrastou a irmã morta para a varanda e voltou para o quarto da irmão Rodrigo que também estava agonizando. Rodrigo pediu para o adolescente não atirar e deixar a arma, se caso amasse alguém e depois morreu.

Para a delegada Maria, o crime foi premeditado e sem justificativa. O garoto relatou também que se alguém chegasse no momento também iria morrer, independente se fosse o pai ou a mãe. Os vizinhos escutaram os tiros e um jovem foi até o portão da casa e chamou por alguém da família, mas ninguém respondeu e a jovem foi embora. O garoto disse que depois do crime pegou a carteira do irmão, óculos de sol, uma mochila, roupas e chamou um moto-taxi.

O pai adotivo do garoto Paulo dos Santos Vilar tinha saído de casa para levar a esposa Sonia Vilar ao emprego. Quando entrou dentro de casa percebeu que os dois filhos estavam mortos e o outro filho adotivo não estava. Ele saiu na rua desesperado e pediu ajuda para os vizinhos. Paulo é policial civil e está aposentado e deixou a arma em casa. Ele vai responder pelo crime de omissão de cautela. A delegada Maria perguntou para o adolescente se ele queria ficar e sozinho com os pais e se tinha inveja dos irmãos. Ele disse que não e que não soube explicar o motivo que atirou contra os irmãos.

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Delegada da Deaij, Maria de Lourdes chegou a chorar durante o depoimento do garoto que matou os irmãos
Foto: Minamar Junior/Capital News

Caso

Um adolescente de 15 anos está sendo acusado de ter cometido dois homicídios no dia (07), na rua Arariba, no bairro Moreninha 2, em Campo Grande. O adolescente é filho adotivo da cabeleireira Sônia Vilar e do policial civil Paulo dos Santos Vilar.

Sônia e Paulo tiveram três filhos. Valquíria de 22 anos e Rodrigo de 21anos, os dois jovens faziam faculdade de direito e foram encontrados mortos dentro da própria casa. O casal tinha um outro menino que também morreu em um acidente de transito há mais de 15 anos. Após a morte desta criança de sete anos, o casal Sônia e Paulo adotaram o adolescente que tinha apenas três meses de vida.

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MARCELLO MENDES 10/04/2012

Dificilmente os pais vão perdoar o filho adotivo por este ato. O garoto, agora, se não tiver a caridade de algum parente, ficará preso na Unei e, ao sair, poderá continuar sua sanha assassina.

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