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Polícia Sexta-feira, 22 de Agosto de 2008, 10:56 - A | A

Sexta-feira, 22 de Agosto de 2008, 10h:56 - A | A

Após um ano de prisão no Brasil, Abadia é transferido para os EUA

Da Redação

Menos de dois dias depois da assinatura da portaria que autorizava a extradição de Juan Carlos Ramirez-Abadia, o traficante colombiano foi levado do Presídio Federal de Campo Grande para ser levado de volta a uma unidade prisional nos Estados Unidos. A operação foi organizada durante a madrugada de hoje, com grande aparato policial, contando com equipes da Polícia Federal e do Departamento Penitenciário Nacional. (Depen).

o traficante deixou o presídio às 4h48 em uma van do Depen, escoltado por três viaturas da PF e outras três com agentes penitenciários. O traficante embarcou no avião da Polícia Federal na Base Aérea de Campo Grande e de lá, seguiu para Manaus. Ainda não há informações acerca do local de desembarque nos Estados Unidos. Ele estava no Presídio Federal desde o dia 11 de agosto de 2007, após prisão ocorrida no dia 7 daquele mês, em São Paulo.

A extradição foi autorizada no dia 19 de agosto, sendo publicada no dia 21, assinada pelo Ministro da Justiça Tarso Genro. Segundo assessoria do MJ, somente o aval de Genro era necessário, por delegação concedida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nos EUA, o colombiano é acusado de tráfico de drogas, com envio de mil toneladas de cocaína para aquele País. Ainda pesa a acusação de ser o mandante de 315 assassinatos, sendo 300 na Colômbia e 15 nos EUA.

A expulsão de Abadia do território brasileiro já tinha sido concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) desde o dia 13 de março, mas como traficante colombiano respondia a processos no Brasil – lavagem de dinheiro, uso de documento falso, formação de quadrilha e corrupção ativa – a extradição não tinha data para ser cumprida, já que havia disposição de que Abadia cumprisse os 30 anos de pena impostos pela Justiça brasileira.

No dia 4 de agosto desse mês, Abadia foi levado para a sede da Polícia Federal, acusado de formar quadrilha com outros detentos do presídio com a intenção de promover extorsão mediante seqüestro. O grupo seria formado por Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, José Reinaldo Girotti e João Paulo Barbosa. De volta ao presídio após interrogatório, o traficante colombiano foi enquadrado no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), o sistema mais rígido prisional, com banho de sol isolado e restrições de horário de visita. (Com informações da TV Morena)

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