A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) informou que adotou uma série de medidas diante da denúncia de importunação sexual envolvendo estudantes do curso de Medicina. O caso ocorreu na noite de 9 de junho e chegou ao conhecimento da instituição no dia seguinte.
Entre as providências, a reitoria determinou o afastamento imediato e por tempo indeterminado da professora denunciada, por meio da Portaria nº 370 de 10/06/2025, publicada no Boletim Oficial da UFGD. O afastamento, de natureza preventiva e não punitiva, visa resguardar os envolvidos durante a apuração e já foi comunicado às chefias do Hospital Universitário, da Faculdade de Ciências da Saúde (FCS) e da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas.
A UFGD afirmou que o acolhimento às vítimas foi a primeira providência adotada, com escuta qualificada, apoio psicossocial e medidas para minimizar possíveis prejuízos acadêmicos. A Corregedoria da instituição, que integra a Comissão de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio (CPEA), está à frente do processo de escuta e acompanhamento das estudantes.
A universidade também se manifestou sobre relatos de que avaliações teriam sido aplicadas na residência da professora, fora dos espaços oficiais da instituição. A Reitoria esclareceu que esse tipo de prática não é autorizado pelos regimentos e será investigado. Se confirmada, poderá resultar em sanções conforme as normas vigentes.
Foi instaurado um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar o caso, que tramita sob sigilo. Uma comissão designada irá ouvir testemunhas, reunir evidências e garantir a ampla defesa da investigada. Ao final, um parecer será encaminhado ao reitor, responsável por deliberar sobre possíveis punições, que podem incluir advertência, suspensão ou até demissão.
A Reitoria reforça que denúncias e manifestações podem ser feitas via Ouvidoria da UFGD, por meio da plataforma Fala.br. A instituição também conta com a Ouvidoria da Mulher e da Diversidade, que oferece acolhimento especializado e sigiloso. O contato pode ser feito pelo e-mail [email protected] ou pelo WhatsApp (67) 99182-0347, acessados exclusivamente por mulheres.
“Reiteramos nosso compromisso com a ética, o respeito e a integridade no ambiente acadêmico. Todas as denúncias serão tratadas com seriedade e responsabilidade”, afirma a Reitoria em nota oficial.
