O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), por meio do Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc) e da 1ª Promotoria de Justiça de Itaporã, deflagrou na manhã desta quinta-feira (23) a “Operação Fake Cloud”, com o objetivo de cumprir três mandados de prisão preventiva e seis mandados de busca e apreensão nos municípios de Campo Grande, Corumbá e Itaporã. A ação contou com apoio do Gaeco (Grupo Especial de Repressão ao Crime Organizado).
As medidas judiciais fazem parte de uma investigação que apura crimes de organização criminosa, fraude em contratações públicas, corrupção ativa e passiva.
De acordo com o MPMS, foi identificado um esquema estruturado de fraudes em processos de dispensa de licitação para o fornecimento de licenças de sistemas de backup de dados em nuvem ao Poder Executivo Municipal de Itaporã, desde 2022.
As investigações apontam que empresários e agentes públicos atuavam em conluio, direcionando contratos e simulando propostas para beneficiar uma empresa específica. Segundo o órgão, exigências técnicas eram elaboradas de forma a restringir a concorrência, e os agentes públicos envolvidos recebiam vantagens indevidas em troca das informações privilegiadas e da organização das fraudes procedimentais.
O nome da operação, “Fake Cloud” — que significa “nuvem falsa” em tradução livre — faz referência ao objeto dos contratos investigados, que simulavam o fornecimento de serviços de armazenamento em nuvem que não eram efetivamente prestados ao município.
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