Moradores do Complexo da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, localizaram cerca de 60 corpos em uma área de mata após a Operação Contenção, realizada pelas forças de segurança do estado na última terça-feira (28). Os corpos foram reunidos na Praça São Lucas, no centro da comunidade, e, segundo relatos, não fazem parte da contagem oficial de 64 mortos divulgada pelo governo — 60 suspeitos e 4 policiais.
O ativista Raul Santiago, morador do complexo, fez uma transmissão ao vivo denunciando o episódio como “uma chacina que entra para a história do Rio de Janeiro, do Brasil e marca com muita tristeza a realidade do país”. A pedido de familiares, os corpos foram expostos para registro da imprensa e depois cobertos com lençóis. O Instituto Médico-Legal (IML) foi acionado para realizar a retirada.
Durante a madrugada, mais seis corpos foram encontrados em área de mata no Complexo do Alemão e levados para o Hospital Getúlio Vargas. Caso não haja duplicidade na contagem, o total de mortos pode chegar a 130, o que tornaria a operação a mais letal já registrada no estado.
Tomaz Silva/Agência Brasil
 
  Rio de Janeiro (RJ), 29/10/2025 - Dezenas de corpos são trazidos por moradores para a Praça São Lucas, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro. Operação Contenção
O governo do Rio de Janeiro classificou a ação, que teve como alvo o Comando Vermelho, como “a maior operação da história do Rio”. Apesar disso, o alto número de mortes provocou repercussão internacional.
A Organização das Nações Unidas (ONU) publicou nota em sua conta oficial na rede X (antigo Twitter), afirmando estar “horrorizada com a operação policial em andamento nas favelas do Rio de Janeiro”, e pediu investigações rápidas e eficazes. O comunicado reforça que o Brasil deve cumprir suas obrigações sob o direito internacional dos direitos humanos.
A imprensa internacional também repercutiu o caso. O jornal britânico The Guardian destacou que o episódio marca “o dia mais violento do Rio de Janeiro em meio a batidas policiais”, descrevendo a operação como a mais letal da história e mencionando a circulação de “fotos terríveis com jovens mortos nas redes sociais”. Enquanto as forças de segurança ainda não divulgam nova atualização oficial, a comunidade da Penha permanece sob forte tensão e em luto diante da tragédia.
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