O ex-vereador de Campo Grande, Claudinho Serra, permanecerá preso por pelo menos 90 dias após ser detido na última quinta-feira (5), na 4ª fase da Operação Tromper. A prisão preventiva foi determinada pela Vara Criminal de Sidrolândia e confirmada em audiência de custódia realizada na sexta-feira (6). Claudinho é investigado por envolvimento em organização criminosa que fraudava licitações na Prefeitura de Sidrolândia.
Durante a audiência, Serra negou ter sofrido maus-tratos ou tortura no momento da prisão. A defesa e o Ministério Público Estadual consideraram legal o cumprimento do mandado. Segundo o juiz Albino Coimbra Neto, a prisão foi feita dentro da legalidade, respeitando os direitos constitucionais do investigado. Com isso, ele seguirá detido em regime fechado até nova decisão judicial.
Claudinho já havia sido preso em abril de 2024, na 3ª fase da mesma operação, mas conseguiu liberdade com uso de tornozeleira eletrônica e medidas cautelares. Agora, o Ministério Público afirma que o esquema continuou operando mesmo após as primeiras fases da Tromper, com pagamento de propinas e fraudes em contratos milionários com empresas de engenharia e pavimentação.
Além de Claudinho, a operação cumpriu mais três mandados de prisão e 29 de busca e apreensão. O político é genro da ex-prefeita Vanda Camilo e assumiu uma vaga na Câmara Municipal em maio de 2023, após a licença de João Rocha. Ficou pouco mais de um mês no cargo antes de ser alvo de nova prisão.
A Operação Tromper teve início em 2023 e já soma quatro fases. As investigações apontam que o grupo atuava desde 2017, praticando crimes como peculato, fraude em licitação, falsidade ideológica e sonegação fiscal. As fases anteriores resultaram na prisão de empresários, servidores públicos e comissionados envolvidos no esquema.
