A promotora do Ministério Público do Rio de Janeiro Simone Sibilio, disse na última quarta-feira (30), que o porteiro mentiu em seu depoimento no qual afirmava que suspeito de matar Marielle havia ido no apartamento do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
O funcionário disse aos investigadores da Polícia Civil, que uma pessoa autorizou a entrada no condomínio Vivendas da Barra, lugar onde Bolsonaro reside, do ex-PM Élcio Vieira de Queiroz no local, na tarde de 14 de março de 2018. Horas depois, durante a noite, Élcio e outro ex-PM, Ronnie Lessa, teriam assassinado a vereadora Marielle Franco e o motorista dela, Anderson Gomes.
A promotora Simone Sibilio ressaltou aos jornalistas que obteve acesso à planilha da portaria do condomínio e também ao registro de áudio do interfone. Segundo ela, o material mostra que o porteiro interfonou para a casa 65, de Ronnie Lessa e teria sido ele a autorizar a entrada de Élcio, e não alguém na casa 58, de Bolsonaro, deputado federal na época.
Para a promotora a prova técnica provocou que a voz do porteiro que autoriza um dos executores a entrar no condomínio às 17h07 do dia 14/3/2018. Ainda segundo ela não há compatibilidade entre os depoimentos do porteiro.