Os universitários estão na capital boliviana, La Paz, a cerca de 800 km do local dos conflitos. “A cidade está tranqüila e estamos todos bem, mas queremos voltar para casa”, afirma Gabriela Marques, estudante de Jornalismo. O grupo filmou duas manifestaçoes pacíficas realizadas terça-feira, 16, em repúdio às mortes dos campesinos em Pando. O episódio foi o mais violento da atual crise, com chacina de 15 pessoas.
Os estudantes deveriam ter deixado o local no último sábado, 13, mas preferiram não arriscar passagem pelos bloqueios. Eles procuraram ajuda na Embaixada brasileira na Bolívia, mas foram informados que nada poderia ser feito. A Assessoria de Comunicação da UFG informou que mantém contato regular com os alunos e aguarda confirmação da data de viagem a Santa Cruz de la Sierra para encaminhar o ônibus.
Ontem, o presidente boliviano, Evo Morales, convocou os cinco governadores de oposição para negociar na cidade de Cochabamba. Até o final desta edição, o desfecho do encontro não foi divulgado. O assessor especial para Assuntos Internacionais do governo de Goiás, Elie Chidiac, acompanha o resultado da reunião. “Já fizemos contato com a Força Aérea Brasileira para saber as possibilidades de um avião resgatar os estudantes caso as negociações na Bolívia não evoluam”, afirma Elie. A FAB aguarda ofício para analisar o pedido.
O grupo chegou à Bolívia no dia 29 de julho para intercâmbio de artes visuais e cinematográficas, por meio do projeto de extensão Jornalismo e Cultura de Fronteiras. Em La Paz fizeram curso de cinema e participaram de colóquio entre os estudantes dos países, chamado de BraBo.
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