Campo Grande 00:00:00 Quinta-feira, 15 de Maio de 2025


Interior Sexta-feira, 13 de Março de 2009, 17:10 - A | A

Sexta-feira, 13 de Março de 2009, 17h:10 - A | A

Justiça determina suspensão temporária da greve no Marfrig

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

A justiça trabalhista de Bataguassu determinou a suspensão temporária da greve dos trabalhadores do frigorífico Marfrig até terça-feira, quando patrões e empregados voltam a se reunir, desta vez em Campo Grande, para mais uma tentativa de negociação salarial, fator que está emperrando o fechamento da Convenção Coletiva de Trabalho 2009/10. Os trabalhos no frigorífico voltaram à normalidade nesta sexta feira.

A decisão foi tomada ontem, durante audiência de conciliação em Bataguassu. Como as duas partes não chegaram a um acordo e como ficaram de voltar a conversar na próxima semana, a justiça achou por bem suspender o movimento de paralisação coordenado pela CUT (Central Única do Trabalhador), pela Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Mato Grosso do Sul – FTIA/MS e pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação, Panificação, Confeitaria, Laticínios, Frigoríficos, Conservas, Açougues e Matadouros de Bataguassu – STIAPA.

“A paralisação é temporária. Na semana que vem, se não chegarmos a um acordo, a greve continua”, garantiu há pouco o presidente da FTIA/MS, Vilson Gimenes Gregório. Segundo ele, os patrões, haviam apresentado, primeiramente, a proposta de reajuste de apenas 3% para os salários, ofereceu ontem (na audiência) 5% de reposição salarial, sendo 4% agora e 1% em julho. “Não aceitamos pois ainda está abaixo do índice de inflação. Queremos o mesmo percentual dado pelo governo para o salário mínimo, que foi reajustado em 12%”, explicou o sindicalista.

Outras greves

Vilson Gregório disse também que além de Bataguassu, existem outros indicativos de greve de funcionários de frigoríficos em Campo Grande e Naviraí. “O problema que constatamos é que os empresários tiveram grandes faturamentos ao longo de muitos anos, sem nunca partilhar o lucro com os empregados. Agora, diante de problemas com o mercado externo, não podemos pagar por eventual prejuízo. Queremos a valorização dos nossos trabalhadores e isso só pode ser feito através de reajuste salarial digno”, comentou o presidente da CUT em MS, Alexandre da Costa, que acompanhou toda movimentação em Bataguassu.

A reunião na terça-feira em Campo Grande será às 14 horas na sede da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul – FIEMS. “Até lá, esperamos que os empresários do Marfrig pensem bem no que irão nos oferecer. Caso contrário, retomaremos o movimento de paralisação”, garantiu o presidente do sindicato dos trabalhadores, Raimundo Nonato do Nascimento.(Assessoria)

Comente esta notícia


Reportagem Especial LEIA MAIS