A fronteira entre Brasil e Paraguai entre as cidades de Ponta Porã e Pedro Juan Caballero amanheceu parcialmente fechada na manhã desta terça-feira (10) por barreiras de concreto. Ainda não há informações sobre quem construiu estruturas.
Foram duas ruas de acesso entre as nações bloqueadas – a Tiradentes e a Guia Lopes –, segundo informações da imprensa local, por comerciantes da região. A Prefeitura de Pedro Juan já teria liberado os trechos do lado paraguaio.
Tão logo soube do caso, o secretário de Infraestrutura, Governo e Comunicação de Ponta Porã, Hélio Peluffo Filho ordenou a retirada dos objetos pelo lado brasileiro.
Conforme entrevista concedida ao site Mercosul News, Peluffo lembrou que os acessos entre as duas cidades “são de uso e costume, e devem prevalecer” e que se alguém fechar novamente “a legislação será cumprida” e prometeu que tudo o que está sendo feito em relação às provocações como as ocorridas, com tentativa de bloqueio das ruas, “vai parar”. O secretário apontou que a Prefeitura não tem poder de polícia e só pode realizar ações legais.
“O que aconteceu hoje não vai acontecer de novo, pois o prefeito já avisou que se fizerem algum bloqueio é para meter a máquina e tirar”, advertiu o secretário, ainda conforme o Mercosul News. Segundo ele, a obra que está sendo feita na região do Marco Grande (rodovia MS-164) é de responsabilidade da Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos de Mato Grosso do Sul (Agesul), assim como o que for feito às margens da BR-463 é inerente ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Em relação ao que está sendo feito por um comerciante brasileiro próximo ao Marco Grande, Hélio Peluffo comentou com o Mercosul News: “O cara só falou que ia fazer jardinagem paisagística e não fechamento do acesso; é preciso que fique claro que não é a prefeitura que está fazendo aquilo lá.”
As falas foram concedidas em reunião que começou por volta das 8h30 com representantes do comércio. Participaram também: o secretário municipal de Integração e Turismo, Marcelino Nunes de Oliveira; os presidentes da Associação Comercial e Empresarial de Ponta Porã (Acepp), Evaldo Pavão Senger, da Câmara de Comércio de Pedro Juan Caballero, Khalil Mansour El Hage e da Câmara Municipal de Ponta Porã, Daniel Valdez; o empresário Felipe Cogorno, do grupo Shopping China; Clemir Vieira Júnior, delegado da Polícia Civil; e capitão da Polícia Militar Guardiano; entre outros.
Segundo o Mercosul News, a construção de um posto de combustíveis da Petrobras no Aldo paraguaio da fronteira seria um dos motivos pela situação no local. A obra é nas imediações do Marco Grande, na saída da MS-164. O grupo empresarial dono da obra iniciou a revitalização da linha internacional e sinalizou com a pavimentação de um antigo acesso para o lado brasileiro, mas, um comerciante brasileiro mandou construir meio-fio e plantar árvores na linha, o que teria gerado o conflito com os comerciantes paraguaios.(Com informações do Mercosul News)
Por: Marcelo Eduardo – (www.capitalnews.com.br)