Paranhos, Japorã, Ponta Porã, Tacuru e Coronel Sapucaia, apresentam outro fator em comum, além de estarem situados no Cone Sul do Estado. Os municípios aparecem nos últimos lugares do Índice de Desenvolvimento da Família (IDF), novo indicador criado para avaliar o grau de pobreza das famílias brasileiras.
Entre os municípios com melhor IDF figuram Itaporã e Ivinhema - embora também situados no Sul do Estado, estão muito próximos a Dourados, pólo de desenvolvimento regional. Em seguida aparecem Camapuã (Norte), Chapadão do Sul e Três Lagoas (Leste). Fronteiras agrícolas em expansão e regiões com grande capacidade para atrair investimentos privados são fatores que ajudam a diminuir os impactos da pobreza nestas localidades.
O índice
Para medir o quão pobres são os mais pobres do Brasil, o IDF analisa escolaridade, vulnerabilidade, acesso ao trabalho, renda, desenvolvimento infantil e condições de moradia.
O índice foi criado pela equipe do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) para analisar o grau de pobreza das famílias que fazem parte do Cadastro Único - mantido pelo Ministério de Desenvolvimento Social.
Este é um levantamento nacional que registra todas as famílias do País com renda per capita inferior a meio salário mínimo, estejam elas no programa Bolsa Família - aquelas que têm renda ainda menor, de R$ 120 per capita - ou não.
A partir da próxima semana, todos os dados do IDF estarão disponíveis para que as prefeituras possam olhar cada família do seu município. Ali, com nome e endereço, estarão disponíveis todas as respostas dadas pela família sobre cada problema.
“Se há um programa de saneamento, poderemos ver no cadastro onde estão as famílias que mais precisam”, diz Lúcia Modesto, secretária de Renda e Cidadania do Ministério do Desenvolvimento Social.