Fenômeno, acelerado pela pandemia do coronavírus, tem microempreendedores como principais adeptos
Mesmo com o retorno às atividades presenciais, cada vez mais microempreendedores investem em modelos de negócio digitais. O fenômeno é, sem dúvida, uma progressão natural acelerada pelo período de quarentena.
Segundo o Sebrae e a Fundação Getúlio Vargas (FGV), em sua 13ª Pesquisa de Impacto da Pandemia do Coronavírus nos Pequenos Negócios, realizada em novembro de 2021, 74% dos pequenos negócios atuam no comércio eletrônico. Mais detalhadamente, 76% dos Microempreendedores Individuais (MEI) e 72% dos donos de micro e pequenas empresas vendem pela internet.
Até maio de 2020, apenas 59% dos donos de pequenos negócios eram adeptos do comércio eletrônico. A digitalização dos meios foi indubitavelmente acelerada pela pandemia, e continua a todo o vapor.
E não é à toa. Durante o período de quarentena, as medidas altamente restritivas tornaram ainda mais comum o uso de plataformas de e-commerce e aplicativos de compras pela internet. O consumidor, que antes já se tornava phygital, passou a ser quase que completamente digital.
O boom do e-commerce, no entanto, é sustentado principalmente pelos meios alternativos e pelos aplicativos que possibilitam compra direta e relação mais próxima com o vendedor. Como demonstrado pelos dados do Sebrae, o movimento é liderado pelos microempresários individuais, que preferem esse tipo de ferramenta.
O WhatsApp é a plataforma mais utilizada por esses microempreendedores, sendo aderida por 84% dos negócios voltados para o comércio eletrônico. O Instagram vem em segundo lugar, tendo cerca de 51% dos pequenos negócios.
A cada dia, cresce a noção de importância de ferramentas como redes sociais e diminui a preferência do consumidor por plataformas de e-commerce mais tradicionais, como o Mercado Livre e a OLX.
Investimentos também são feitos na parte de atendimento e comunicação, tanto de pequenas, como grandes empresas. No atual período de evolução do e-commerce, é sabida a importância de ferramentas como e-mail marketing, profissionais como copywriter e estratégias de fidelização como SMS em massa, técnica que facilita a comunicação com os clientes e potencializa a retenção deles.
Conforme avança o estado de recuperação da pandemia de coronavírus, novas oportunidades surgem, e o mercado volta a se aquecer com novas ideias e padrões. Após a popularização do home office e do estilo de vida mais digitalizado, é natural que o e-commerce cresça. O principal objetivo dos empreendedores, no momento, é aliar as vendas digitais às vendas presenciais, garantindo sucesso comercial e completude.