Obrigatória pelo Código Brasileiro de Trânsito, a vistoria em veículos de transporte escolar garante segurança para as crianças e tranquilidade para os pais. Campo Grande conta com uma frota de 320 veículos, mas apenas 90 realizaram as avaliações pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MS) que encerra nesta semana a vistoria e alerta para riscos no transporte escolar.
A Chefe da Divisão de Educação do Detran, Inês Esteves, informou nesta terça-feira (28) que a vistoria é realizada duas vezes por ano, a cada semestre para certificar se o veículo atende às exigências legais para oferecer o serviço. Além dos dispositivos de segurança, como extintores e cintos de segurança; pneus e lanternas são vistoriados.
A empresa deve apresentar a Certidão Negativa de Antecedentes Criminais dos condutores dos veículos. Inês explicou que se o veículo for aprovado na vistoria recebe uma autorização válida por seis meses.
Segundo Inês, a vistoria do primeiro semestre acontece ao longo do mês e apenas 90 veículos passaram pela avaliação. A vistoria encerra nesta sexta-feira (31), e caso o veículo não seja vistoriado torna-se irregular, e neste caso, não pode realizar o serviço até que a irregularidade seja sanada.
O valor do serviço varia de acordo com a distância, segundo a presidente do Sindicato de Transportadores Escolares de Mato Grosso do Sul (Sintems), Luciene Oliveira, de 49 anos. Na área central, por exemplo, o transporte escolar pode chegar a R$ 350,00. Para manter o serviço, a presidente explicou que as empresas pagam uma taxa de R$ 64,40 para a vistoria obrigatória e uma taxa anual de R$ 300,00 referentes ao alvará de funcionamento.
Segundo Luciene, veículos clandestinos chegam a oferecer o serviço pela metade do preço praticado pelo mercado, mas alerta para os riscos. “Trabalhamos com o bem mais precioso que uma pessoa pode ter que são os filhos. Transportados verdadeiros cristais e temos que tomar todos os cuidados e atender o que a lei determina”, afirmou Luciene. “Os pais devem observar se o veículo apresenta o selo do Detran, que comprova que aquele carro foi vistoriado e cumpriu os requisitos”, disse Luciene, que trabalha com transporte escolar há 16 anos.
A presidente do Sindicato ressaltou que além da vistoria do Detran, a Agência Municipal de Transporte (Agetran) deve fiscalizar os veículos.
