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Esporte Domingo, 08 de Novembro de 2015, 09:16 - A | A

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Que saudade

Sem modalidades esportivas, Capital do Estado para nos fins de semana

Capital tinha dias "agitados" com a disputa das mais diversas modalidades esportivas e hoje vive num silência sepulcral

Gilson Giordano
Capital News

Deurico/Capital News

Carlos alberto de assis comercial

 Como presidente do Comercial, Assis conquistou o titulo de campeão estadual

A 3ª etapa válida pelo Campeonato Estadual de Kart poderá salvar o domingo que mais uma vez tende ser enfadonho para desportistas que num passado recente tinha “N” opções de lazer neste dia, no referido segmento ao lado dos filhos e até mesmo da família de forma geral.


Até os jogos do Operário foram transferidos para o interior do Estado.


A exemplo da cidade, o esporte também esta literalmente parado e aos domingos, nem mesmo o futebol, apontado como o ‘ópio” do povo e que era o carro chefe das modalidades esportivas, consegue –exceto na televisão – atrair o desportista. Mesmo porque com a interdição por parte do Ministério Público Estadual (MPE) e conseqüente fechamento do Morenão e sem adequações no estádio Jacques da Luz, a modalidade  não têm jogos na capital e com isso vai perdendo os poucos torcedores que tinha enquanto que os novos vão encontrando nos times de outros centros e até mesmo de outro países, a vazão para a sua paixão esportiva.

 
Funcesp
Há certo tempo, quando existia ainda a Fundação Municipal e Cultura e Esporte (Funcesp), na época um dos diretores era Carlos Alberto de Assis, o esporte “bombava” na Capital e o mais exigente torcedor tinha “N” opções para o seu lazer.

 

Naquela época, havia competições municipais de natação, tênis, basquete, vôlei futsal,

pára-quedismo, boxe, judô, concurso de pipas, o futebol, com o antigo e renomado Campeonato “Lápis na Mão e Bola no pé”, que movimentava 80 equipes dos bairros e vilas da cidade, ciclismo, motociclismo,as provas de kart, sendo que algumas delas foram disputadas até mesmo por algumas ruas da capital, entre outros.

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Sem modalidades esportivas, Capital do Estado para nos fins de semana

Diversas competições automobilísticas eram disputadas na cidade pela Funesp


Na época com os eventos promovidos pela referida fundação, Carlos Alberto de Assis, por ser estudante do curso de Educação Física, fazia questão de movimentar todas as atividades esportivas.


Sempre cercado de bons e excelente profissionais, pois ele sempre escolheu a equipe que trabalharia com ele, o segmento esportivo era valorizado e muito movimentando.
Com o mesmo jogo de cintura, ele tinha livre trânsito junto aos órgãos de imprensa, pelo respeito e tratamento que dispensa por cada profissional.


Funesp
Com o crescimento e a popularização das modalidades esportivas na Capital, graças a Carlos Alberto de Assis, o então prefeito eleito, Nelson Trad Filho, decidiu separar a cultura do esporte com a criação da Fundação Municipal de Esporte, que depois teve como diretor presidente, Carlos Alberto de Assis, com plena autonomia.


Por ser uma fundação, a verba repassada pela Prefeitura não atendia a necessidade das modalidades esportivas que crescia velozmente.

 

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Projeto Lápis na mão e Bola nos pés

Desta feita, já com o Autódromo Internacional de Campo Grande que, invariavelmente, todos os domingos sediavam uma etapa de provas nacionais: Stock-Car, Fórmula Truck, Fórmula Sul-americana, etc.


A época tal como a vivida no momento, também era difícil, mas como Carlos Alberto de Assis, sempre respeitado por onde transitava, cumpridor da palavra, encontrava nos patrocinadores, a solução para os problemas surgidos.


Assim foi com a família Insuela,que detinha na ocasião a marca de um famoso refrigerante, um hospital da rede particular, entre outros importantes patrocinadores para os eventos por ele promovidos, pois havia a certeza de uma ampla divulgação.


Uma cerveja famosa – Heineken – que hoje patrocina a Liga dos Campeões, já patrocinou Campeonatos de Tênis, no Estado.


Divulgação essa que era feita pela amizade, carinho e respeito que ele tinha pelos jornalistas esportivos.


Era ele mesmo quem “escrevia” os releases e o seu irmão Eduardo, “Edu”, levava às redações. No dia seguinte, a modalidade estava divulgada em todos os veículos de comunicação.


Caominhada
Quando se esgotou a promoção de todas as competições esportivas, o diretor presidente da Fundação Municipal de Esporte (Funcesp), que atendia a todas as modalidades e não direcionava apenas para uma, ele ao lado da sua competente equipe “inventou” a “Caominhada” e para tanto, delimitou uma área na capital, por onde os cães podiam transitar com o dono.


No começo, o nome foi estranho. No entanto, com o passar do tempo, o número de participantes aumentou e a cada realização, apareciam mais de mil animais a essa altura, era cães, gatos, hamester, entre os mais diversos tipos de animais. Era uma festa de família.


Amigos da Paz
Após centenas de atividades esportivas, de lazer – teve também os concursos de Pipas que eram realizados no Belmar Fidalgo – que era promovidas e realizadas ao longo do ano, Carlos Alberto de Assis, que não conseguia ficar parado, teve a belíssima idéia de promover uma partida de futebol envolvendo os jogadores e atletas do Estado que ganharam projeção nacional e internacional, políticos, artistas, jornalistas. Há quem diga que no evento que tinha público de milhares de pessoa, participava também caçadores e até mesmo pescadores, que depois saiam contando que haviam marcados gols.


As equipes eram formadas e divididas. Ele não jogava apenas organizava. Cada time tinha jogo de uniforme novo. Linda festa.


Comercial
Após o sucesso alcançado com as organizações e as promoções no esporte amador, Carlos Alberto de Assis decidiu se aventurar no futebol profissional, pois aquela altura ele já havia adquirido o “Know-how” necessário para se tornar presidente de um dos grandes clubes do futebol do Estado e o escolhido foi o Comercial.


Nova revolução e desta feita no futebol profissional. Ele fazia e acontecia. O Comercial que até então caminhava a passos de lentos, com ele na presidência passou a ser “endeusado” até por quem não gostava de futebol. Isso não era “puxa-saquismo” era sim o carisma, dom natural de Assis.
Há quem diga que até mesmo, alguns “operarianos” trocaram de time e passaram a torcer pelo arquirival.

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Domingo de Lazer, foi "instituído" também, a Caominhada, com centenas de animais passeando


Fafá de Belém
Como presidente do Comercial, ele foi campeão em 2010. Na época, a cantora Fafá de Belém fez um show na capital e no repertório, a música: “Meu coração é vermelho” e Carlos Alberto de Assis, que foi ao show, além de nomear a cantora como a torcedora símbolo, presenteou a mesma com uma camisa oficial do Comercial e até hoje por onde ela passa, recorda essa estadia na capital.
Depois das vitórias conquistadas no segmento esportivo, Carlos Alberto de Assis, decidiu se enveredar pelo caminho da política.


Sempre abençoado por Deus, ele mais uma vez viu os louros da vitória e logo na sua segunda participação mais direta, -a primeira o candidato a Prefeito - mas na segunda o mesmo candidato que havia perdido para prefeito, Reinaldo Azambuja, venceu, como se diz na gíria esportiva “com um pé nas costas”.


Por isso, Campo Grande, tal como o esporte precisa de uma “sacudida” precisa urgentemente de um “agito” precisa tal como era o esporte, de um solavanco e sair o mais rápido do ostracismo em que se encontra para voltar aos píncaros do crescimento e proporcionar qualidade de vida aos seus moradores.       

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