Técnico Tite esteve presente para receber a nova treinadora da Seleção Feminina
Agora oficialmente a sueca Pia Sundhage é a técnica da Seleção Brasileira Feminina. Após o contrato assinado na segunda, nesta terça-feira (30) ela foi apresentada pelo presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, em solenidade que esteve presente, entre outros convidados, o técnico Tite, da Seleção Masculina.
Pia chega para substituir Vadão, que comandou a Seleção na Copa do Mundo Feminina, na França, caindo nas oitavas de final, perdendo na prorrogação para as anfitriãs. O trabalho de preparação foi muito contestado, com nove derrotas nos amistosos disputados. Por isso e pelo retrospecto recente abaixo de anos atrás, a sueca sabe que a pressão por resultados é grande. “É um privilégio jogar sob pressão, como treinadora também. Quando comecei a jogar, não tinha nem mídia. Quando voltei para a Suécia, com a medalha de bronze, nada também aconteceu. A mídia é importante para mostrar que o futebol feminino é importante. Vou dar o meu melhor”, disse na entrevista coletiva.
A Seleção Brasileira será a terceira equipe nacional que Pia comanda, ela que, além da Suécia, tem duas medalhas de ouro nas Olimpíadas de 2008 e 2012 no comando dos Estados Unidos. No Brasil, ela encontra uma equipe com boa qualidade técnica, mas que precisa evoluir tecnicamente. “Eu amo futebol, amo desafios, senão eu não me colocaria à disposição desse trabalho maravilhoso. Nos Estados Unidos, foi parecido. Eles nunca tinham tido uma técnica estrangeira antes e fui eu. Eles também tinham jogadoras excelentes. Não sou especialista em responder perguntas, mas meu coração futebolístico será o bastante para fazer essa equipe brilhar ao máximo. Nunca estou sozinha e uma equipe de outros técnicos será importante para mim”, disse.
Base
Nos planos da nova treinadora está o desenvolvimento também do trabalho desenvolvido com jovens jogadoras. Segundo ela, esse será um dos passos para o crescimento da Seleção visando as Olimpíadas de Tóquio em 2020 e a Copa do Mundo de 2023. “Eu trabalhei com jogadoras de 16 e 17 por um ano e meio, eu sei o que é necessário para o desenvolvimento. Se você quiser que a Seleção jogue um futebol de excelência, você precisa do sub-20 e sub-17 jogando muito bem também. Eu prometo a vocês que vai haver uma resposta, que será passo a passo. Temos que priorizar algumas coisas e garantir que no Brasil tenhamos as mais jovens jogando muito bem cedo ou tarde”, concluiu.
De acordo com Rogério Caboclo, a contratação de Pia vai mais longe do que apenas comandar a Seleção em competições. “A Pia vai fazer um trabalho de revolução no futebol feminino no Brasil. Ela vai ser responsável por renovar a Seleção, trazer opiniões e falar sobre as competições no Brasil”, ressaltou o Presidente.