Laís Torres/CBF

Presidente da CBF, Rogério Caboclo, com a treinadora da Seleção Feminina, Pia Sundhage
A Seleção Brasileira Feminina tem novo comando. A sueca Pia Sundhage vai comandar o Brasil neste ciclo olímpico e pode ficar até a próxima Copa do Mundo. Bicampeã olímpica com os Estados Unidos, a treinadora de 59 anos estava à frente do desenvolvimento da base da Seleção Sueca e aceitou a proposta feita pela CBF. O compromisso inicial é de dois anos, com possibilidade de renovação por igual período.
A nova treinadora da Seleção foi apresentada pelo presidente da CBF, Rogério Caboblo, que listou as qualidades da treinadora para o cargo. “A escolha da Pia reflete a nova dimensão que vamos imprimir ao futebol feminino no Brasil. A partir da sua chegada, desenvolveremos um planejamento totalmente integrado entre a Seleção Principal e a base, equilibrando objetivos de curto prazo, como Tóquio 2020, com a renovação contínua dos nossos talentos. Pia reúne a experiência e o talento perfeitos para isso”, afirmou Caboclo.
Sobre a treinadora
Ex-jogadora que disputou a primeira edição do futebol feminino nos Jogos Olímpicos, Pia começou como assistente e teve a primeira oportunidade como técnica no Boston Breakers, dos Estados Unidos. Antes de assumir o time dos Estados Unidos, Pia trabalhou como assistente da China na Copa do Mundo de 2007. Foi justamente naquele Mundial, em função de uma derrota por 4 a 0 para a Seleção Brasileira na semifinal, que a sueca recebeu a chance de comandar as norte-americanas.
Com os EUA, foi bicampeã olímpica, em 2008 e 2012, e vice-campeã da Copa do Mundo, em 2011. No ano em que conquistou os Jogos Olímpicos de Londres 2012, Pia foi eleita como a melhor treinadora de futebol feminino pela FIFA. Depois, Pia comandou a Suécia na Copa do Mundo do Canadá, em 2015, e surpreendeu o mundo ao eliminar Estados Unidos e Brasil (nos pênaltis) nas Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. Na ocasião, a Suécia ficou com a prata. A última competição de Pia Sundhage no comando da seleção sueca foi na Euro de 2017, quando as escandinavas ficaram nas quartas de final. Pia Sundhage deixou o comando da Suécia depois da Euro.