Júlio César Guimarães/COB
Mayra Aguiar, medalhista olímpica
Após superar uma grave lesão no ciclo olímpico, a judoca brasileira Mayra Aguiar venceu a sul-coreana Hyunji Yoon por ippon, na categoria meio-pesado, e garantiu a terceira medalha seguida em Jogos Olímpicos, com dois bronzes em Londres 2012 e Rio 2016.
A atleta ressalta a importância da conquista olímpica. “Nunca chorei tanto. Estava chorando igual criança ali. É que está muito entalado. Tudo o que eu vivi, foi muito tempo de superação, uma atrás da outra. E, hoje, poder concretizar com uma medalha é muito importante para mim. É a maior conquista que eu já tive em toda a minha carreira. Por tudo o que aconteceu, tudo o que vivi, poder estar com isso concretizado é muito gostoso, está sendo muito bom”, relatou em entrevista ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
Na primeira rodada da competição, Mayra estreou contra a israelense Inbar Lanir. A luta durou cerca de 40 segundos. Na sequência, a atleta competiu contra a atual campeã mundial Anna-Maria Wagner, da Alemanha, após uma luta muito equilibrada, Mayra sofreu uma projeção no golden score que valeu um waza-ari, encerrando a luta.
Conforme o COB, em uma luta segura, Mayra forçou três punições para a adversária no tempo normal e avançando para a disputa de medalha, conquistando o bronze após desequilibrar a sul-coreana e partir para a imobilização até o ippon.
Mayra Aguiar destaca que nunca ganhou uma luta no chão e quando ocorreu foi para alcançar a medalha olímpica. “Lembrei muito dos meus treinos com o sensei Moacir. Quando encaixou, eu pensei: não vou soltar nunca”, analisou Mayra, que falou como foi se reeguer após a derrota para a alemã nas quartas. “Eu já tinha lutado com a Wagner duas vezes, tinha ganhado e perdida. Geralmente, eu não aguento muito no golden score, mas eu tentei. E eu odeio perder, dei tudo que eu tinha, mas me matou saber que eu não ia disputar o ouro. Tive outras experiências de ter que erguer a cabeça e voltar para casa, uma medalha é muito importante. E eu consegui fazer isso, ficar com muita vontade de novo e levar essa medalha pra casa”, disse ao COB.
O Brasil foi representado por Rafael Buzacarini que foi derrotado na estreia dos jogos pelo belga Tomas Nikiforov. Na categoria pesos pesados, irão competir o sul-mato-grossense Rafael “Baby” Silva, dono de duas medalhas olímpicas e Maria Suelen Altheman, duas vezes vice-campeã mundial.
Medalhas
No ranking geral a China lidera com 15 medalhas de ouro, sete de prata e nove de bronze, seguida do Japão também com 15 ouros, quatro pratas e seis bronzes. Em terceiro lugar está os Estados Unidos com 14 medalhas de ouro, 14 de prata e dez bronzes. O Brasil aparece na 17° colocação com uma medalha de ouro, três de prata e três de bronze.
