Com elenco e comissão técnica liberados, Operário traça novos planos para temporada 2016

Anderson Ramos/ Arquivo Capital News

Presidente do Operário Estevão Petrallas se reunirá com os demais diretores à tarde no Clube Ypê

O ponto de partida do Operário, já visando à temporada de 2016, desta feita na série A do futebol estadual, será a partir da reunião a ser realizada neste sábado (21), às 17h, no Clube Campestre Ypê, onde os diretores farão o novo planejamento para o clube.

Conforme as explicações do presidente Estevão Petrallas, tudo será feito com os pés no chão, mesmo porque, o momento atual não é para cometer nenhum tipo de loucuras que possam levar o clube de volta ao caos financeiros.

Elenco
É claro que a formação do futuro elenco é um dos principais assuntos a serem enfocados, mesmo porque, desde esta sexta-feira (20), todos os jogadores e integrantes da comissão técnica que estiveram à frente da campanha vitoriosa do time no estadual da Série B, foram liberados e a partir de agora, de acordo com Petrallas, todos estão liberados para buscarem novos caminhos, novos clube.

“Ontem (sexta-feira) acertamos tudo e todos os jogadores e os integrantes da comissão técnica já estão liberados”, afirmou o presidente ao garantir que o clube não vai se desesperar e nem criar expectativas para a formação do novo elenco, pois o fato de ter conquistado o acesso à Série A, pode haver aumento de salários e o momento não é propício.

“Vamos começar do zero. Vamos montar um novo elenco, nova comissão técnica e trabalhar de forma tranqüila e analisar caso a caso”, garantiu Estevão.

Acesso
Quanto à participação do time na Divisão Especial do Futebol Estadual, Petrallas garantiu que era um antigo desejo dos diretores e da torcida, no entanto, o time não tem a obrigatoriedade de conquistar o titulo de campeão nessa competição a ser iniciada em fevereiro de 2.016.

“Não é porque conseguimos o acesso para a Série A, que temos de ser campeões. Temos que ter os pés no chão para não cometer loucuras”, reafirmou o dirigente maior do clube alvinegro. 

Série A
Nessa próxima competição, que será o estadual da Série A, o presidente Petrallás defende a realização de um trabalho razoável e, caso o time conquiste o título, o mesmo será a consequência do trabalho sério que a diretoria realiza nos bastidores, “mas não será uma obrigação”, garantiu.

Elenco
A respeito do elenco, liberado nesta sexta-feira, Estevão afirmou que de todos os jogadores que participaram da campanha vitoriosa do clube, existem seis atletas que se encaixam no estereótipo do Operário, mas ele preferiu não citar os nomes para não melindrar os demais.

“São os mais conhecidos. Eles (jogadores) têm a identidade do clube. Mas por isso que eu digo que não podemos criar expectativa, pois não sei o que eles pensam”, afirmou o dirigente defendendo que o ideal, era a manutenção do elenco e da comissão técnica, pelo entrosamento já existente.  Contando com a impossibilidade de manter os integrantes da comissão técnica, devido à valorização profissional de todos, Estevão Petrallás acredita que, a partir da reunião deste sábado (21), no período de dez a 15 dias, os nomes dos futuros integrantes da comissão e dos jogadores poderão ser anunciados.

Anderson Ramos/ Arquivo Capital News

Neneca(e) e o Major Dos Santos(d) podem continuar na nova comissão Técnica do Galo deste 2016

“Quanto à comissão técnica especificamente, é bem difícil mantê-la, mesmo porque não vou fazer loucuras”, reafirmou.

Investimento
Dentro da realidade do futebol estadual e sabedor dos problemas financeiros que as Prefeituras que investem nos times das cidades participantes passam.

Petrallas anunciou que no primeiro momento, o Operário deverá ter uma folha de pagamento em torno de R$ 90 a R$ 100 mil, no estadual da Série A, em 2.016.

Sensação do dever cumprido
Ocupando o cargo há pouco mais de um ano, Petrallas, antes de falar a respeito da sensação sentida, com a volta, por cima, do Operário ao cenário futebolístico do Estado, ele recordou que, no momento da eleição e posse, ele ao lado dos demais diretores elencaram duas metas como prioridades. Uma delas foi a oxigenação na transparência do Operário e para tanto ele usou até mesmo uma metáfora, ao comparar o clube com um jabuti.

“Antes (Operário) era igual a um jabuti, sempre para dentro e com a casca fechada. Hoje, a administração é totalmente aberta, transparente”, disse.

A outra meta elencada por ele, quando foi empossado ainda em agosto de 2014, era a de levar o clube de volta à Série A do futebol estadual e através dessa competição, abrir de novo as portas no cenário nacional.

Ele evitou falar da conquista, de forma possessiva e sem pestanejar, dividiu com todos os outros dirigentes, a conquistada alcançada.

“Temos os companheiros que ajudaram e muito nessa conquista, nessa caminhada de volta à Série A. É claro que o clube tem um Presidente, que tem uma batuta, mas essa batuta é bem melhor conduzida quando se têm companheiros, pessoas de credibilidade e que agora podem também encarar”, afirmou, fazendo uma alusão ao passado, quando os diretores do clube, tinham vergonha do cargo que ocupavam.

“Fizemos uma administração com muita transparência e nela, aliamos a razão e a paixão”, ensinou.

Estádio
Estevão Petrallas adiantou que, na próxima semana terá uma reunião com o Prefeito da capital e o assunto da pauta, mais uma vez será o estádio Jacques da Luz.

No entanto, ele garantiu que não abre mão de o Operário jogar no Morenão, que é a casa dos grandes espetáculos e o time alvinegro caminha junto ao sucesso e mais uma vez, ele usou outra metáfora, comparando o Jacques da Luz, como um “fusquinha”.

Anderson Ramos / Capital News

Petrallas comparou o estádio Jacques da Luz como um "fusquinha" pois mesmo pintado de ouro, não deixará de ser o Jacques da Luz

“Lá, (Jacques da Luz) é igual a um fusca, Pode pintá-lo de ouro, pode fazer tudo de bom e o que for preciso, mas ele continuará sendo um fusca”, afirmou.

Diante disso, desde agora, ele conclama as autoridades para juntos tentarem a reabertura do Morenão visando à próxima temporada do futebol estadual.

“Já recebemos convites de outros municípios para que façamos jogos fora daqui. Mas eu acho que isso não é certo. Temos que fuçar aqui mesmo”, garantiu.

Profut
A respeito do Profut, o presidente do Operário foi enfático ao traçar um paralelo da Lei recentemente anunciada como um projeto Nazistae muitos clubes de menores expressões, pagarão preço alto.

Ele classificou a nova lei como truculenta e foi mais um engodo por parte do Governo Federal que, com as mãos de ferro está tentando entrar nos clubes.

Petrallas defende que a nova Lei deveria começar pelos clubes das Séries A e B e depois para as demais, pois assim todos teriam mais tempos para a sua assimilação.

“Muitos clubes serão extintos. O Governo (federal) pensou apenas nele. Haverá uma redução significativa nos campeonatos”, profetizou Petrallas, que mesmo tecendo criticas ao projeto, admitiu que até terça-feira da próxima semana, a contragosto, deverá aderir à mesma.

Deurico/Arquivo Capital News

Presidente do Operário Petrallás e sua diretoria lutam para liberar nos bastidores o Estádio Pedro Pedrossian (Morenão)