A Confederação Brasileira de Futebol apresentou nesta segunda-feira (24) o novo calendário do futebol feminino, que passará a valer a partir da temporada 2026. A reformulação — considerada estratégica na gestão do presidente Samir Xaud, que completa seis meses à frente da entidade — amplia o número de clubes, datas e jogos, atualiza critérios de participação e introduz medidas inéditas de inclusão. O pacote completo de iniciativas faz parte de um investimento previsto de R$ 685 milhões na modalidade durante a atual administração.
As mudanças abrangem as Séries A1, A2 e A3, além da Copa do Brasil Feminina, que passam a contar com mais datas, premiações maiores e formatos alinhados a Conmebol e FIFA. O calendário também reforça o pilar do desenvolvimento de base e inclui uma ação pioneira no futebol mundial: atletas mães e lactantes poderão levar seus filhos nas viagens oficiais, com custos pagos integralmente pela CBF.
Segundo a entidade, a nova estrutura foi construída de forma coletiva, a partir de consultas com clubes, federações, especialistas, atletas e o corpo técnico da confederação — movimento semelhante ao realizado no futebol masculino.
Protagonismo e expansão
No evento de apresentação, o presidente Samir Xaud destacou que a reformulação marca um novo capítulo para o futebol feminino brasileiro, às vésperas da Copa do Mundo de 2027, que será sediada no país.
“Ouvimos especialistas, federações, clubes e jogadoras para chegar a um modelo que atende demandas importantes. Vamos mexer em toda a estrutura das competições, aumentando o número de clubes e de jogos nas séries A1, A2, A3 e resgatando a Copa do Brasil Feminina. É um calendário que coloca o futebol feminino no lugar que merece”, afirmou Xaud.
O novo calendário projeta crescimento no volume de jogos para equipes de elite e cria um caminho mais consistente para clubes que iniciam na base da pirâmide.
Principais Mudanças
Supercopa Feminina
Início: 8 de fevereiro
Disputa: Campeã da Série A1 x Campeã da Copa do Brasil Feminina
Premiações: R$ 1 milhão (campeã) e R$ 600 mil (vice)
Série A1
Início: 15 de fevereiro | Final: 4 de outubro
Clubes: de 16 para 18
Jogos: de 134 para 167
Cota fixa: R$ 720 mil por clube
Premiação: R$ 2 milhões (campeã) e R$ 1 milhão (vice)
Exigência a partir de 2027: todas as atletas com contrato profissional
Acesso: 4 sobem da A2; 2 são rebaixados
Série A2
Início: 14 de março | Final: 19 de setembro
Datas: de 13 para 21
Jogos: de 70 para 134
Cota: R$ 360 mil por clube
Formato: turno único, grupo único
Acesso: 4 sobem; 2 caem para a A3
Série A3
Início: 21 de março | Final: 5 de setembro
Clubes: 32 (todas as unidades federativas representadas)
Jogos: de 78 para 126
Cota: R$ 120 mil
Formato: turno e returno na 1ª fase
Acesso: 4 sobem para a A2
Copa do Brasil Feminina
Participantes: 66 clubes
Início: 22 de abril | Final: 15 de novembro
Jogos: de 64 para 72
Datas: de 8 para 11
Formato: mata-mata; fases finais em ida e volta
Cotas: dobradas em relação a 2025
Categorias de Base
Sub-20: 8 de março a 28 de maio — aumento de datas e final em ida e volta
Sub-17: 30 de maio a 29 de agosto — acréscimo de 10% nas cotas
Ligas Sub-16 e Sub-14: realizadas entre 23 e 29 de março, em sede única
Programa CBF Transforma: amplia apoio aos estaduais Sub-15, Sub-17 e inclui o Sub-20
Inclusão inédita
A CBF implementará uma política pioneira no mundo: atletas mães e lactantes terão direito a levar seus filhos nas viagens oficiais, com todos os custos custeados pela entidade. A medida será válida para todas as competições femininas organizadas pela confederação.
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