Alguns já são diamantes lapidados, que valem milhões de dólares. Outros são joias descobertas recentemente, na África do Sul, e prontas para garantir um lugar na Copa do Mundo. A cerca de 100 quilômetros do local onde foi encontrado o maior diamante da história, a seleção brasileira enfrenta os Estados Unidos na decisão da Copa das Confederações neste domingo, às 15h30m (de Brasília). No estádio Ellis Park, em Joanesburgo, Dunga corre atrás do segundo título no cargo. O momento ideal para o técnico, campeão da Copa América em 2007, mostrar que o trabalho de garimpo de jogadores está no caminho certo para 2010.
Terceiro reserva em 2006, Julio César é unanimidade no gol. Na lateral direita, dois gigantes brigam pela vaga de titular: Maicon e Daniel Alves. Miranda firmou-se como reserva na defesa, liderada pelos experientes Lúcio e Juan. André Santos e Kleber surgiram como principais opções na esquerda, ainda órfã de Roberto Carlos. No meio, Felipe Melo e Ramires deixaram as desconfianças de lado e viraram pontos de referência. Entre os atacantes, Luís Fabiano assumiu a camisa 9 e Alexandre Pato é a joia a ser lapidada para 2014. Kaká e Robinho são os diamantes mais valiosos.
Os Estados Unidos são um rival conhecido. Na primeira fase, o Brasil venceu por 3 a 0, sem problemas. Foi nesse jogo que Ramires, Maicon e André Santos ganharam a vaga de titulares, depois de Elano, Daniel Alves e Kleber terem atuado na estreia contra o Egito (4 a 3).
Se for campeão, o Brasil passará a ser o maior vencedor da Copa das Confederações com três títulos (1997, 2005 e 2009), deixando para trás a França, que tem dois. Nos EUA, o único desfalque deve ser o meia Michael Bradley, filho do técnico Bob Bradley, expulso na semifinal contra a Espanha. Depois de duas derrotas no início da Copa das Confederações, para Itália e Brasil, os americanos tiveram grande recuperação no torneio e esperam fechar sua participação ganhando o maior título da história do futebol no país.
Para nós é um dia muito especial. É nossa primeira final de um torneio mundial e enfrentar o Brasil também é importante, por toda a história do futebol brasileiro. Nossa chegada não foi por acaso, este é o resultado do esforço de muitas pessoas que colocaram o coração para o desenvolvimento do futebol nos Estados Unidos. Ganhar a Copa das Confederações será mais um passo importante nesta nossa caminhada - afirmou o técnico Bob Bradley.