A Seleção Brasileira encerrou 2025 deixando mais dúvidas do que respostas. Em sua última apresentação do ano, o time de Carlo Ancelotti teve uma atuação apagada, perdeu um pênalti decisivo e apenas empatou por 1 a 1 com a Tunísia, nesta terça-feira (18), na Decathlon Arena, em Lille. O resultado frustra a expectativa de uma despedida convincente em meio à preparação para a Copa do Mundo de 2026.
A noite só não terminou pior porque Estêvão, novamente protagonista, marcou o gol brasileiro e evitou o segundo tropeço consecutivo da equipe nesta Data Fifa. O jovem meia-atacante, de apenas 18 anos, se consolida como ponto de luz em um time que ainda não encontrou consistência.
Primeiro tempo de pouca inspiração e falhas que custam caro
O Brasil repetiu problemas já vistos em outros momentos de 2025: lentidão na construção, pouca agressividade e dificuldades para furar defesas fechadas. A Tunísia, compacta e bem posicionada, explorava com precisão as transições rápidas.
Aos 22 minutos, Wesley perdeu uma disputa no meio-campo e abriu espaço para o contra-ataque tunisiano. Abdi escapou pela esquerda e serviu Mastouri, que dominou com liberdade e finalizou na saída de Bento: 1 a 0, para surpresa do torcedor brasileiro presente em Lille.
O gol abalou a Seleção, que seguiu sem criatividade e recorrendo a chutes de longe com Casemiro, Militão e Rodrygo. A reação efetiva veio apenas aos 43 minutos, com ajuda do VAR: Bronn desviou um cruzamento com o braço e o árbitro assinalou pênalti. Estêvão assumiu a responsabilidade, bateu forte e empatou o jogo.
Domínio no segundo tempo, pênalti perdido e trave no fim
Na volta do intervalo, Ancelotti mexeu no time, sacando Wesley — amarelado e inseguro — para entrada de Danilo, além de lançar Vitor Roque na vaga de Matheus Cunha.
A Seleção melhorou, empurrou a Tunísia para o campo defensivo e criou chances em sequência. Rodrygo testou o goleiro duas vezes, e o ritmo ofensivo parecia finalmente engrenar.
Aos 15 minutos, mais mudanças: Fabrício Bruno, Fabinho e Paquetá foram a campo. O impulso ofensivo gerou um novo pênalti, sofrido por Vitor Roque. Desta vez, Paquetá chamou a responsabilidade. Mas, ao tentar bater colocado, isolou a bola por cima do gol e desperdiçou a chance clara da virada — lance que mudou o peso da partida.
Mesmo pressionando até o fim, o Brasil esbarrou na defesa tunisiana. Nos acréscimos, Estêvão ainda protagonizou um lance individual brilhante: driblou três marcadores e finalizou com categoria, mas a bola explodiu na trave. Era o gol do alívio — que não veio.
Estêvão vira referência e fecha o ano como artilheiro da “Era Ancelotti”
Se há um nome que saiu maior de Lille, foi o da joia brasileira. Estêvão chegou a 5 gols com a Seleção em 2025, todos na Era Ancelotti, tornando-se o artilheiro da equipe no ano e fortalecendo seu papel como protagonista.
Após o jogo, o camisa 20 não escondeu a frustração: “Estou feliz pelo gol, mas triste pelo resultado. Jogamos contra uma seleção forte, que se impôs. Fecho o ano feliz por estar aqui, mas fica a sensação de que poderíamos ter vencido.”
Ancelotti explica decisão por Paquetá bater o segundo pênalti
O treinador manteve posição firme ao ser questionado sobre a escolha do cobrador: “Paquetá é o cobrador oficial. Mudei para tirar pressão do Estêvão. Confio muito no Paquetá. Ele geralmente cobra muito bem.”
Mesmo com a justificativa, o lance rendeu críticas nas redes sociais e levantou debates sobre hierarquia de cobradores para 2026.
Seleção termina ano com oscilação e desempenho irregular, desde sua chegada, em junho, Carlo Ancelotti soma:
8 jogos — 4 vitórias, 2 empates e 2 derrotas
14 gols marcados e 5 sofridos
O desempenho ainda não convence, especialmente nos jogos recentes, em que a Seleção apresentou dificuldade contra seleções africanas, pouca criatividade e falhas defensivas pontuais.
O que vem pela frente
O Brasil volta a se reunir apenas em março de 2026, para amistosos de peso contra França e Croácia, nos Estados Unidos. Será a última sequência de testes antes do início da preparação definitiva para a Copa do Mundo.
O ano termina com uma certeza: se não fosse Estêvão, o fim de 2025 teria sido ainda mais preocupante para a Seleção Brasileira.
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