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ENTREVISTA Terça-feira, 11 de Dezembro de 2007, 10:01 - A | A

Terça-feira, 11 de Dezembro de 2007, 10h:01 - A | A

EXCLUSIVO: Amarildo Cruz fala sobre sua eleição, conflito entre Zeca e Delcídio, CPMF, Lula, e diz que a oposição é tratada a pão e água pelo atual governo do Estado

Letícia Nucci - Capital News (www.capitalnews.com.br)

O entrevistado da semana do Capital News é o Deputado Estadual e recém eleito Presidente do Diretório Regional do PT Amarildo Cruz. Na entrevista Amarildo fala sobre sua eleição no diretório Regional do PT, conflito interno entre Zeca e Delcídio, CPMF, governo Lula, e diz: "Nós da oposição somos tratados a pão e água pelo atual governo"

1. Com a sua vitória na eleição para Presidente do Diretório Regional do PT, qual o primeiro passo? Quais são os novos projetos?

Primeiro lugar, eu acho que tenho uma missão de reunificar o PT, essa é a primeira grande missão minha e, reunificar na minha avaliação através de um projeto de reorganização do partido. A partir do momento que a gente organizar o partido como o PT precisa para enfrentar as eleições de 2008 e 2010, acredito que só esse processo de reorganização é capaz por si só de reunificar as forças do partido. Eu fui eleito em uma conjuntura que eu tive um amplo apoio de várias forças dentro do PT, então logicamente, há um entendimento dentro partido que existe a necessidade que exista alguém que tem a capacidade de uni-lo. Eu fiquei feliz que eu tive esse amplo apoio porque todos entenderam que meu nome transitava bem com todo mundo, dialogo com todo mundo, tenho uma história dentro do partido construída, uma história de seriedade, boa postura, à altura do nome do PT no Estado e no Brasil. Minha primeira missão é essa, reunificar o PT para que ele possa estar fortalecido nas próximas eleições.


2. Quatro candidatos concorreram para a eleição do PT Regional. Quantas vertentes o senhor acredita que existem dentro do Partido dos Trabalhadores?

Aqui no estado nós temos bem definido, o antigo campo majoritário que nessa eleição acabou dividida em mais duas correntes, apoiado pelo Deputado Ricardo Berzoini pela chapa “Construindo um nome Brasil” e a outra pelo Deputado Jilmar Tatto, que pela chapa “Construindo um nome tempo” os dois vão disputar o segundo turno pra presidência do Diretório Nacional do Partido. Tem a democracia socialista que ainda existe no nosso estado, mais articulação de esquerda e mais o novo campo denominado PT Partido de Luta e de Massas, então são, aqui no estado, em torno de cinco correntes.


3. Isso não é ruim para o partido e para os eleitores, que esses militantes sejam tão diferentes e acabam não seguindo a ideologia que o partido propõe?

De uma maneira geral a ideologia é a mesma, tanto que aqueles que se sentiram totalmente agredidos com o partido, acharam que o partido mudou, e mudou a ponto de agredi-los naquilo que eles pensavam, saíram do PT, foram aqueles que fundaram o PSTU lá atrás, na antiga convergência socialista e também o pessoal que saiu com a senadora Heloisa Helena, deputada Luciana Genro, deputado Dedé, enfim, um grupo que saiu e fundou o PSOL. Portanto, aqueles que permaceram no partido, ainda defendem a mesma ideologia, acontece que alguns defendem mecanismo de implementação diferente dessa ideologia. Isso que eu acho legal no PT, ele sempre foi assim, desde o seu nascimento foi composto de grupos, composto de correntes, e isso sempre fez com que o debate interno fosse muito vivo e continua vivo, isso que faz o PT um partido diferente, as pessoas precisam compreender como funciona para a partir daí saber que estão votando, se filiando num partido diferente. O PT é assim mesmo, acho que isso que é rico, se às vezes confunde um pouco a cabeça do eleitorado, confunde no primeiro momento, a partir do momento em que ele começar a entender como funciona o partido, é aí que o eleitor percebe que está é a riqueza do partido. Tanto que isso é verdade que esse processo de eleições diretas dentro do partido, que eu disputei e acabei ganhando no primeiro turno para presidente do Diretório Regional do PT, é um processo que só acontece no PT, você não vê nenhum outro partido fazendo eleições diretas em que todos os filiados podem votar diretamente para escolher seu presidente dos diretórios do partido. Normalmente nos outros partidos só ouve a decisão que houve sobre o presidente, isso porque a resolução é feita por meia dúzia.


4. Quando o PT era um partido pequeno, para se fortalecer, lançava candidatos sem uma prévia de resultado. Hoje o PT só lança candidatos se há grande possibilidade de vitória? Quais os municípios que têm chances de lançar candidato próprio do PT para prefeitura?

Eu defendo que o partido tenha o máximo de candidatos próprios, no maior número de município possível. Se nós tivermos condições de lançar candidatos próprios nos 78 municípios do Mato Grosso do Sul, o PT vai lançar.
Temos que analisar as condições políticas que são de extremas dificuldades, porque se o PT fizer algumas alianças em alguns municípios, isso geralmente pressupõe que em alguns outros municípios ao invés de ser apoiado, temos que apoiar. Nessas eleições eu quero priorizar o fortalecimento dos diretórios municipais, não acredito que o diretório estadual seja forte se tiverem municipais fracos, então primeiro passo é esse fortalecimento, pois é na cidade que as pessoas moram, é na cidade que as pessoas votam é lá que a política acontece. Quem vai poder dizer qual é o melhor cenário para a disputa municipal são os diretórios do município, é ele quem vai dizer quais são as grandes forças, quais são os partidos mais organizados para que nós possamos fazer as alianças, visando com que o partido saia fortalecido nos de uma maneira geral 78 municípios.
Nós estamos avaliando mais ou menos 30 municípios que lancem candidatos próprios, esse é um número estimativo no primeiro momento, claro que nós vamos passar por uma discussão interna onde a posição do diretório municipal vai ser levada muito em consideração, eu defendo muito isso, tem que ter intervenção, tem que ter discussão entre o diretório regional com o municipal. Mas se nós lançarmos um pouco mais de 30 já vai ser um número um pouco maior que as eleições de 2004.

Como exemplo temos Dourados, nós temos vários nomes, as últimas reuniões que tivemos no partido, juntamente com os companheiros que administram a prefeitura indicaram o nome do companheiro Biazoto, que é chefe de gabinete do prefeito Tetila. O PT no Brasil, de uma forma geral, sem lançar candidatura nas cidades, vota no PT. Uma média de 25 a 30% do eleitorado vota no PT sem uma candidatura própria, por identificar que a legenda é forte, por se identificar com o partido, como um partido que está credenciado mais comprometido com a população base da sociedade brasileira, esse é o grande patrimônio do PT. Nesses municípios onde nós, além disso, temos candidaturas fortes, e mesmo se não tivéssemos, mas temos a prefeitura como é no caso de Dourados, nós temos a obrigação de lançar uma candidatura própria, não tem lógica nós com a prefeitura na mão, apoiarmos outro partido. Nós temos que defender, construir e fortalecer uma candidatura do partido. Até porque a prefeitura de Dourados nesses últimos oito anos com a administração do Tetila já é uma referência. Quem vai a Dourados percebe a diferença, Dourados era um caos, quando Tetila assumiu, o município era o mais endividado do Estado, em função das péssimas administrações que passaram por lá. O município hoje ta enxuto, cidade limpa, que se desenvolve, cheia obras, com universidades, é uma grande referência, um verdadeiro pólo de desenvolvimento, não tem como o PT não lançar candidato próprio lá. Eu acho que a candidatura do Biazoto é muito boa, do Egon por exemplo é outro grande nome e tenho certeza que o PT vai achar um nome forte para que nós possamos continuar nosso trabalho em Dourados.


5. Quanto a divergência que existe entre dois grandes nomes do PT do MS (Delcídio e Zeca), o quão isso interfere na estrutura do partido?

Eu não sei se interfere muito ou se já interferiu mais, mas eu vou trabalhar muito para dar outro foco para o partido aqui no estado, esse não deve ser o nosso principal foco, temos coisas mais importantes para discutir que a picuinha de A com B, não vou entrar nessa discussão. Vou focar minha a administração no PT na formação de novos quadros, na formação de novos filiados, no funcionamento dos setoriais do PT e têm alguns que não tem funcionado e tem que funcionar, o PT a voltar a se relacionar mais forte com sua militância, com os segmentos organizados da sociedade, e hoje tem dialogado pouco com a base social de onde nasceu o PT, temos coisas mais importantes a fazer que nos concentrarmos nas brigas internas do partido, eu sinceramente não vou me ater a isso, meu foco vai ser com certeza outro.


6. Hoje o PT é oposição aqui no Estado. Como é o relacionamento com o Governador André Puccinelli? Qual diferença existente no tratamento entre um deputado do partido e o da oposição?


O relacionamento que eu tenho com o Governador no ponto de vista pessoal é normal, mas como político é de divergência. Eu acho que o governo que o PMDB faz é equivocado, no Estado nada aconteceu durante o ano de 2007, na verdade aconteceu para o lado negativo, como por exemplo a interrupção dos programas sociais, também houve um aumento na carga tributada sendo que esse tributo não foi distribuído. Em março desse ano o Governo aumentou 2% mais no ICMS das telefonias para destinação direta ao Fundo de Combate a Pobreza arrecadando quase 17 milhões, e nada foi gasto, nenhum pobre viu um centavo desse dinheiro. Eles alegam que esse dinheiro arrecadado vai ser gasto agora no início de 2008, só que eles não avisaram durante a eleição do ano passado que o governo do André ia ser de três anos ao invés de quatro, porque 2007 já foi perdido. É um governo totalmente diferente do PT, o nosso pode ter tido o erro, cometeu equívocos, mas houve uma grande diminuição na desigualdade social no Estado, nós criamos o Bolsa Escola, Cursinho Popular, Bolsa Família, Fundo de Investimento Social, o nosso governo fez isso, totalmente comprometidos com a diminuição da desigualdade social, fazendo com que Mato Grosso do Sul fosse mais justo. Tudo que foi feito durante oito anos, eles, em menos de um ano conseguiram desfazer tudo, ou seja, os indicadores sociais daqui a dois anos com certeza vão mostrar que o Estado voltou a ser menos justo socialmente com o seu povo, o que é totalmente lamentável.

Oposição

Tratamento de oposição é um tratamento a pão e água, no ponto de vista político nós fazemos esse embate com o governo, logicamente que os deputados que tem afinidade ideológica e partidária com o Governo e alguns de submissão, tem um tratamento bem melhor que o da oposição, mas eu não to preocupado com isso eu to preocupado em defender o que sempre acreditei como Deputado e agora muito mais como Presidente do Diretório Regional do PT.


7. Estudos mostram que é provável que daqui a 25 anos não exista mais água potável. Várias propostas mostram que seus projetos de leis enfocam a problemática ambiental. Fale sobre esses projetos e até que ponto eles podem contribuir para o meio ambiente?

O estado como o Mato Grosso do Sul nós temos uma biodiversidade muito forte, muito latente, 70 do território pantaneiro esta no nosso estado, nos temos duas bacias hidrográfica que cortam nosso estado, grande parte do serrado, não vejo como não fazer esse debate, ainda agora onde o apelo da questão ambiental é muito forte. Eu vi na assembléia um vácuo sobre esse debate entre os deputados, e é uma questão que a mim sensibiliza muito, e eu vi no mandato uma forma de externar a minha preocupação para essa questão. Apresentei alguns projetos sobre isso, como as instalações das usinas de cana de açúcar aqui no MS, acho um debate falso se dissermos que só vai trazer renda, riqueza e desenvolvimento para o Estado, é esconder a realidade para a população, ela traz problemas sério para o meio ambiente. Não precisamos ir muito longe, temos como exemplo o estado de São Paulo que é o estado que mais produz e exporta álcool, etanol e açúcar do país, portanto é onde tem a maior produção de cana de açúcar. Mas acho que usar aqui no nosso estado tem trazido problemas muito sérios para o governo do estado, haja vista os relatórios que tem o próprio Ministério Público do trabalho onde essas usinas são constantemente autuadas com trabalho escravo, por danificar o meio ambiente, dar um destino errado ao vinhoto produzido depois da produção do etanol. Então todas essas questões que envolvem a problemática ambiental eu tenho procurado discutir, mesmo sendo deputado de minoria, quero discutir a mata nativa, quero refazer os projetos que não foram aprovados e reapresenta-los à Assembléia, pelo menos se esses projetos não forem aprovados, pelo menos esteja na agenda política do nosso estado.


8. A respeito do projeto de lei proposto pelo senhor que proíbe a venda, consumo e exposição de bebidas alcoólicas em estabelecimentos comerciais localizados às margens das rodovias do estado de Mato Grosso do Sul. Quais os exemplos que o senhor tem sobre dados na repercussão dessa proibição?


É uma lei estadual que já existe no estado de São Paulo há mais de dez anos, e que o projeto aqui infelizmente em plenário foi rejeitado. Foi rejeitado porque, logicamente, houve uma sinalização do executivo de que não gostaria que esse projeto fosse aprovado. O que mais uma vez eu acho lamentável. Aqui no estado há muito tempo , quando entrou em vigor, houve uma diminuição em 40% no número de acidentes, e lá no estado de São Paulo essa lei continua em vigor e, já diminuiu sensivelmente os acidentes em rodovias, o que é logicamente previsível que álcool com direção não dá bons resultados, e me parece que aqui no Estado eles não estão atentas ou abertas para seguir bons exemplos, eu gostaria muito de ver essa lei vigorando, agora em 2008 vou novamente aperfeiçoar o projeto, fazer uma articulação política e reapresenta-lo porque acredito que essa lei é muito importante para o Estado.


9. A Polícia Civil abriu inquérito para apurar a prática de crime de peculato por aproximadamente 80 pessoas beneficiadas pelo suposto “mensalão” pago pelo ex-governador José Orcírio Miranda dos Santos. O que o senhor pode dizer sobre essa situação, e o que pode influenciar na sua gestão frente ao PT?

O carnaval feito é estrondoso, eu vi tanta gente que se relacionava intimamente com o Zeca durante esses anos todos que ele esteve no governo, acabou o governo vem à tona uma série de problemas que não foi apontado anteriormente, e faz-se um carnaval tão grande que acaba logicamente atingindo a imagem do partido, mas eu acho que o PT tem se consolidado com a população brasileira, uma imagem muito forte sobre essa questão da corrupção as pessoas sabem que o PT teve problemas, mas, tem o maior patrimônio moral. Uma pesquisa divulgada há um mês e meio, mostra o PT como menos comprometido quantitativamente com a justiça. Só que esse lado ninguém fala. Mostra que o que está em disputa no Brasil não é uma disputa séria de poder, é uma disputa ideológica de preconceito, preconceito com o PT, preconceito com o nosso presidente. Porque o PT defende a liberdade, sem preconceito com a opção sexual, cor, raça, e sempre deixamos isso claro tanto ou não no poder. Fazendo uma analise social mais profunda, o partido tem que ter mecanismos inteligentes para enfrentar isso.


10. Com todas essas corrupções que estão aparecendo nesses últimos anos, como manter uma postura de político sério sem que as pessoas generalizem a todos como corruptos?

Fazendo debate e sempre provando para as pessoas quem sou. Tem que ter paciência e falar a todo o momento sobre as diferenças que existem. Eu sempre tive na minha postura essa preocupação em manter uma relação de não generalizar e exijo esse tipo de postura também porque, eu não sou melhor nem pior, mas sou diferente com certeza absoluta. Tem outro problema no Brasil, as discussões nem sempre são feitas por inteiro, sem generalizar, tem setores da mídia Brasil que falham e contribuem para a quebra da seriedade de maneira geral com essa questão política, pois muitas delas estampam a capa de um jornal sobre assuntos que ainda não foram provados como culpado, e mesmo se depois o político prova o contrário, ela não dá o mesmo espaço para o assunto, acabando assim prejudicando a imagem do político sério.


11. Qual a sua opinião sobre a CPMF e sobre um suposto 3º mandato para o presidente Lula?

Eu sou totalmente a favorável a CPMF, é um dos tributos mais justos que existe em nosso pais, 80% da população não paga esse imposto, então é um imposto justo em que o dinheiro arrecado é destinados a projetos sociais. Porque está concentrado em uma parte da população que é onde está concentrado o maior poder aquisitivo, ou seja, é justo, é o dinheiro que é distribuído pelos 20% da população que mais tem dinheiro, o que ajuda a diminuir a desigualdade social do país. Exatamente por ser justa a oposição não quer ver a CPMF aprovada, porque essa contribuição sempre existiu e ninguém ouvia falar, ela não atendia nem a saúde e nem existia projetos sociais. Lamentável que a oposição esteja tentando inviabilizar a governo do presidente Lula, visando que tirar R$ 40 bilhões do orçamento da união, você praticamente inviabiliza uma boa parte do governo, mas acredito que isso não vá acontecer, até o final do ano o governo vai conseguir os votos para prorrogar a CPMF.

Terceiro Mandato

Eu particularmente nunca fui favorável, nem o próprio presidente Lula é favorável, eu lembro que quando se discutia a reeleição do FHC, foi um momento que o PT se manifestou contrariamente, não é porque agora estamos no poder vou mudar o discurso continuo sendo. Eu acho que o executivo é ruim, a reeleição compromete, porque o sujeito que está na máquina geralmente não tem escrúpulos para usar, o que é ruim, na cultura brasileira isso é feito além de ser uma luta desigual um sujeito que está na máquina e outro que não está. Eu não ia mudar de postura agora, embora eu acho que o governo Lula é o melhor governo da república brasileira, não só eu apenas acho, mas é só pegar os indicadores econômicos e sociais do país, que nunca teve perspectiva de crescimento, nunca teve uma economia tão sólida e consolidada como nesse período dos dois mandatos do presidente Lula. Parece que não é isso que o Lula quer, mas que fique claro que se ele quisesse seria muito difícil interromper um possível 3º mandato para o presidente Lula. O terceiro mandato na verdade, hoje, ele é colocado por alguns setores na mídia achando que acabam inviabilizando qualquer perspectiva que o Lula possa ter nesse sentido. Mas que isso pode ser um tiro no pé porque com esse mandado pode não vir, mas pode vir um aumento no tempo de mandato. Eu sou a favor que não exista reeleição, mas que aumente o tempo de mandato para 5 ou 6 anos, seria um período razoável.


12. O senhor criticou o governo pelos impostos do Fundersul, o que seria possível fazer a respeito dele?

O imposto arrecadado para o Fundersul (Fundo de Desenvolvimento Rodoviário de Mato Grosso do Sul) foi quase de 40 milhões esse ano e esse dinheiro não foi aplicado. Houve uma aprovação de projeto onde eu votei a favor do plano de aplicação de 2008, ou seja, o governo faz uma prévia de quanto vai arrecadar durante o ano e no que ele vai aplicar esse dinheiro. Aprovar não é o problema, nós fizemos o acordo de liderança, uma oposição inteligente e bem articulada, o grande problema é ele não ter aplicado o dinheiro que já foi arrecado, sou Deputado de minoria, mas faço o que devo fazer, eu tenho feito denuncias praticamente todas as sessões. Não tem a mínima lógica eles alegarem que vão gastar o dinheiro arrecadado em 2007 no ano de 2008.


13. Nós, do Capital News, gostaríamos que o senhor finalizasse esta entrevista com uma mensagem de fim de ano aos nossos leitores.

Primeiro queria dizer que é uma satisfação falar aqui com vocês do Capital News, uma mídia nova que é o Jornal on-line sendo tão importante e é um setor da mídia que cresce cada vez mais, estão de parabéns e agradeço a oportunidade de falar com vocês. Também final do ano poder passar, eu como deputado, presidente do partido, um homem público de passar para população de Campo Grande e Mato Grosso do Sul desejar em primeiro lugar um feliz natal, feliz ano novo, e que 2008 nós possamos construir juntos, todos nós, um Estado e um Brasil que nós queremos, e tenham a certeza que não só da minha parte, mas uma grande parcela de políticos que ainda fazem política séria, que vale a pena os acreditar e que precisam de apoio porque muitas vezes se sentem isoladas. Para cobrar mais, nós precisamos ajudar mais, exercer a cidadania, se cada um de nós fizermos isso, a partir de 2008 nós vamos ter um ano melhor com certeza.

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