Conforme levantamento da instituição financeira relativo a 2010, o setor industrial mantém a liderança dos desembolsos feitos pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) em Mato Grosso do Sul.
Em 2009, as indústrias emprestaram junto à instituição R$ 1,8 bilhão de um total de R$ 2,3 bilhões. No ano passado o setor também foi o maior tomador de financiamentos ao obter R$ 810,3 milhões de um total de R$ 1,9 bilhão, ou seja, 41,6% do total liberado pelo BNDES ao longo de 2010.
De acordo com Fábio Fonseca, agente do Posto de Informações do BNDES na Fiems, os dados demonstram a mudança da matriz de desenvolvimento do Estado, que se tornou mais industrializado e com investimentos voltados para produtos de maior valor agregado. “Em 2009 e 2010, diferentemente dos anos anteriores, em que a agropecuária correspondia por 50% dos desembolsos do BNDES para o Estado, a indústria superou os outros setores (agropecuário, infraestrutura e comércio e serviços) com mais de 40% do total liberado”, detalhou.
A expectativa para este ano é que as indústrias sul-mato-grossenses prossigam com o processo de modernização e expansão de suas plantas. “Não temos dúvidas de que esse montante tomado junto ao BNDES no ano passado será utilizado na aquisição de novas tecnologias e novos equipamentos e máquinas”, reforçou, completando que as modalidades de financiamento que mais liberaram recursos em 2010 foram BNDES Finame (R$ 704,3 milhões), BNDES Finem (R$ 703,8 milhões) e BNDES Finame Agrícola (R$ 278,5 milhões).
Fábio Fonseca ressalta que as micro empresas foram as que tiveram maior crescimento em 2010 nos desembolsos do BNDES com aumento de 142%, tomando R$ 553,9 milhões contra R$ 228,6 em 2009. “Somando os desembolsos das micro, pequenas e médias empresas, o aumento foi de 113%, saltando de R$ 404,3 milhões no ano retrasado para R$ 863,3 milhões no ano passado.
Já as grandes empresas tiveram um decréscimo de 45% na tomada de recursos do BNDES em 2010, pois os maiores investimentos foram realizados em 2009, enquanto para o ano passado essas indústrias já estavam em fase de montagem de suas instalações, iniciando as operações ou até mesmo já produzindo totalmente”, detalhou.