A aprovação do projeto de lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil por mês deve impactar diretamente 236 mil trabalhadores de Mato Grosso do Sul, segundo dados da Receita Federal. A mudança, que ainda precisa ser aprovada pelo Senado, valerá a partir de janeiro de 2026.
Com a nova regra, quem recebe R$ 5 mil deixará de pagar R$ 312,89 mensais, o que equivale a um “salário extra” anual de R$ 3.754,68. “A correção da tabela representa uma medida de justiça social e econômica. Ela devolve renda para as famílias, que historicamente pagam mais tributos, e estimula o crescimento econômico”, avalia o economista Eugênio Pavão.
O projeto também reduz o imposto para quem ganha até R$ 7.350 mensais, com um sistema gradual de alívio fiscal. Atualmente, um salário de R$ 5,5 mil sofre desconto de R$ 436,79, que cairá para R$ 190,47; já para R$ 6.250 o desconto vai de R$ 643,04 para R$ 496,48.
Para o economista Eduardo Matos, a atualização do IR é essencial para corrigir uma defasagem acumulada, que fez muitos trabalhadores pagarem imposto sem aumento real de renda. “Essa medida vai garantir poder de compra e um ganho socioeconômico significativo para as famílias”, destaca.
O presidente do Sebrae no MS, Décio Lima, reforça que o impacto será maior entre pequenos empresários, que formam a base econômica do estado. “É um avanço para a justiça tributária, beneficiando especialmente os empreendedores que ganham até três salários mínimos”, afirma.