A inflação voltou a subir em Campo Grande após a deflação registrada em agosto. Segundo o IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 0,55% em setembro. No acumulado do ano, o índice atinge 2,82% e, em 12 meses, chega a 4,64%. O aumento foi influenciado principalmente pela energia elétrica residencial, que encareceu 8,85% no mês.
O grupo Habitação teve elevação de 3,10%, reflexo direto do fim do desconto da energia de Itaipu, que havia reduzido as contas em agosto. Além disso, a manutenção da bandeira tarifária vermelha patamar 2 — que adiciona R$ 7,87 a cada 100 kWh — também pesou. “Esses dois fatores explicam boa parte da alta na inflação do mês”, explicou Fernando Gonçalves, gerente do IPCA na Capital. Aluguel e mão de obra na habitação também subiram 0,56% e 0,64%, respectivamente.
Em contrapartida, os alimentos ajudaram a segurar o índice geral. O grupo Alimentação e bebidas teve a quinta queda consecutiva, com recuo de 0,53%. Os maiores destaques negativos foram cebola (-21,99%), tomate (-12,74%), batata-inglesa (-11,74%) e laranja-pera (-10,36%). Por outro lado, refeições fora de casa tiveram leve alta de 0,14%, puxadas por produtos como sorvete (1,16%) e refrigerante (0,78%).
Além de habitação, outros setores também contribuíram para a inflação de setembro. Saúde e cuidados pessoais subiram 0,63%, impulsionados por medicamentos e suplementos. Vestuário teve aumento de 0,75%, especialmente em roupas e calçados infantis. Transportes avançaram 0,26%, com destaque para gasolina (0,48%) e transporte por aplicativo (7,99%). Já Comunicação (-0,05%) e Artigos de residência (-0,48%) recuaram no período.