A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul avalia que os projetos logísticos em andamento podem posicionar Mato Grosso do Sul como um dos principais polos produtivos e de escoamento do agronegócio no Brasil nos próximos 10 a 20 anos. “Estamos diante de um momento estratégico, com potencial para ampliar a competitividade, atrair investimentos e gerar empregos no campo”, afirmou a entidade.
Entre os principais projetos está a concessão da BR-163 à empresa Motiva, com previsão de R$ 16,6 bilhões em investimentos ao longo de 29 anos. A rodovia receberá duplicações, acostamentos, viadutos e áreas de descanso. “Essa modernização é essencial para dar mais fluidez e segurança ao transporte da produção agropecuária”, destacou a Famasul.
Outro destaque é a Rota da Celulose, atualmente suspensa por questões judiciais. O projeto previa a recuperação de 870 km de rodovias e R$ 10 bilhões em investimentos, ligando os principais polos florestais do estado. “Essa estrutura é fundamental para sustentar o crescimento da cadeia da celulose, que hoje é uma das mais fortes do país”, pontuou a Famasul.
A entidade também defende a diversificação dos modais de transporte, com destaque para a hidrovia do Rio Paraguai, que está em fase de estudos para concessão. “O modal fluvial pode reduzir custos e tem menor impacto ambiental. É uma oportunidade para fortalecer a logística sustentável”, afirmou a Federação.
Com a futura conclusão da Rota Bioceânica e a modernização dos aeroportos regionais, a expectativa é de ampliar a exportação de produtos e integrar Mato Grosso do Sul às cadeias globais de valor. “A infraestrutura adequada traz previsibilidade, reduz perdas e consolida a imagem de MS como fornecedor confiável”, concluiu a Famasul, destacando que os investimentos previstos até 2030 podem gerar mais de R$ 30 bilhões em impacto econômico no agronegócio.