Mato Grosso do Sul deve registrar a maior safra de grãos da sua história em 2025/2026. Segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Estado deve colher 28,7 milhões de toneladas, superando o recorde de 27,1 milhões alcançado em 2022/2023. Em comparação à safra 2021/2022, o aumento previsto é de 30%, impulsionado pela expansão da área plantada e pelo uso crescente de tecnologia no campo.
O estudo mostra que o Estado vem mantendo crescimento constante na produção agrícola. Em 2023/2024, foram 20,2 milhões de toneladas; em 2024/2025, o número saltou para 26,4 milhões. Agora, a estimativa para o novo ciclo é de 28,7 milhões. A área cultivada também deve crescer, passando de 6,6 milhões para 7 milhões de hectares.
A soja segue como principal cultura do Estado, respondendo por mais da metade da produção total. A Conab estima 14,9 milhões de toneladas, enquanto a Aprosoja-MS projeta 15,2 milhões, o que reforça o cenário de colheita recorde. “Mato Grosso do Sul vive uma fase de expansão consistente, mas o clima será decisivo para garantir os resultados esperados”, afirmou o presidente da associação, Jorge Michelc.
O coordenador técnico da Aprosoja-MS, Gabriel Balta, destacou a resiliência do produtor sul-mato-grossense. “A estimativa mostra um ciclo de recuperação após oscilações recentes. O investimento em sementes adaptadas e em manejo tecnológico tem sido essencial para manter o Estado entre os maiores produtores do País”, disse.
Além da soja, o milho de segunda safra deve contribuir significativamente, com previsão de 12,9 milhões de toneladas. Outras culturas, como trigo, arroz e sorgo, também devem registrar bons resultados. Apesar das projeções positivas, a Conab alerta para riscos ligados ao El Niño e ao aumento dos custos de produção. Mesmo assim, o Estado consolida sua posição como terceiro maior produtor de grãos do Brasil, reforçando o papel estratégico do agronegócio na economia regional.
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