A Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros prendeu David Cloky Hoffaman Chita, apontado como líder de um esquema de fraudes no Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Foragido há cerca de dois anos, ele foi localizado e preso na própria residência, na Rua 26 de Agosto.
As investigações tiveram início após o registro de um boletim de ocorrência feito por um servidor do Detran, que denunciou irregularidades na liberação e retirada de restrições administrativas de veículos no sistema de informações do órgão. A suspeita surgiu quando o servidor, que respondia pela Direção da DIRVE, recebeu um telefonema de um advogado agradecendo pela remoção de uma restrição veicular. O servidor negou ter realizado qualquer procedimento, já que acompanhava o trâmite de um pedido ainda sem andamento.
A apuração interna revelou 29 liberações irregulares em curto espaço de tempo, sendo 27 delas associadas ao login do servidor denunciante em um dia em que ele não estava disponível para realizar as operações. Destas, 26 ocorreram em apenas uma hora, o que reforçou a suspeita de fraude no sistema.
Segundo a investigação, a servidora identificada como Y.O.C. estaria utilizando o computador. O servidor relatou que, em ocasião anterior, utilizou sua senha pessoal naquele equipamento para atender a servidora, que solicitava acompanhamento de débitos de uma amiga.
No decorrer das diligências, a polícia identificou que 25 baixas indevidas foram realizadas por David Hoffaman Chita e uma por H.R. Há indícios da relação direta de despachantes com as liberações irregulares, já que, de forma coincidente, os veículos tiveram documentos baixados no dia anterior. Outras duas ocorrências semelhantes foram registradas em 15 de fevereiro, quando o servidor também acessou o computador da servidora para ensinar uma função do sistema.
A juíza Eucelia Moreira Cassal entendeu que a investigada Y.O.C. se valeu da função pública, assim como os investigados David Cloky Hoffaman Chita, H.R.S. e E.C.N., de função equiparada à de funcionário público, de forma reiterada, para a prática de condutas ilícitas, determinando o afastamento da servidora para impedir o uso do serviço público na prática de crimes.
A delegada responsável pelo caso decretou a prisão preventiva de David Hoffaman Chita, com base nos artigos 311 e 312 do Código de Processo Penal, para garantia da ordem pública, além de autorizar buscas e apreensões nas residências e escritórios dos envolvidos. O mandado de prisão havia sido expedido em junho, mas o investigado não foi localizado à época. Segundo informações, ele estaria no Estado de São Paulo havia dois meses. A servidora investigada foi suspensa por seis meses.
• • • • •
• Junte-se à comunidade Capital News!
Acompanhe também nas redes sociais e receba as principais notícias do MS onde estiver.
• • • • •
• Participe do jornalismo cidadão do Capital News!
Pelo Reportar News, você pode enviar sugestões, fotos, vídeos e reclamações que ajudem a melhorar nossa cidade e nosso estado.


