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Agronegócio Domingo, 10 de Agosto de 2025, 08:29 - A | A

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Gigante Chilena

Arauco investe em novo núcleo de alojamento em Inocência com R$ 41 milhões

Novo alojamento para 1,5 mil trabalhadores gera compensação ambiental e altera planejamento

Viviane Freitas
Capital News

A gigante chilena Arauco anunciou um novo investimento de R$ 41 milhões para a construção de alojamentos para os trabalhadores envolvidos na construção da sua megafábrica em Inocência, MS. Esse montante será destinado à instalação de um núcleo adicional de alojamento com capacidade para mais de 1,5 mil pessoas. Esse valor vem somar ao investimento anterior de R$ 242 milhões, anteriormente destinado à construção de alojamentos em área rural, distante da cidade.

O novo projeto, que altera a localização dos alojamentos, agora será feito em área urbana no município. De acordo com o Diário Oficial de Mato Grosso do Sul, o investimento total do novo núcleo será de R$ 41.071.676,23, e contará com um valor de compensação ambiental de R$ 199.197,63. Esse valor corresponde a 3.785,59 Unidades Fiscais de Referência do MS (Uferms), com base nos valores de julho e agosto (R$ 52,62).

Até então, a ideia da Arauco e da prefeitura de Inocência era manter os alojamentos a cerca de 40 km do canteiro de obras, para reduzir impactos no município. Porém, como esclarecido no Diário Oficial, essa nova instalação será em área urbana, o que pode gerar novos desafios para a cidade. A mudança também ocorre devido a ajustes logísticos, buscando maior proximidade entre os operários e o local de trabalho.

Vale destacar que, em abril de 2025, o diretor-presidente da Energisa MS, Paulo Roberto dos Santos, revelou que os alojamentos em Inocência já consomem 300% mais energia que toda a cidade. “Inocência hoje consome 2.5 megawatts de energia. Só os alojamentos já estão consumindo cerca de 10 megawatts”, afirmou ele, durante o evento de lançamento da pedra fundamental da fábrica.

A megafábrica da Arauco, que ficará às margens da MS-377 e do Rio Sucuriú, será a maior fábrica de celulose do mundo, com capacidade de 3,5 milhões de toneladas por ano. Com investimentos de R$ 4,5 bilhões, a previsão de operação é para o segundo semestre de 2027. Além disso, o projeto irá gerar cerca de 400 megawatts de energia, o que é suficiente para abastecer uma cidade com até 800 mil habitantes.

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