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Agronegócio Quinta-feira, 19 de Junho de 2025, 09:56 - A | A

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Balança comercial

Agro brasileiro mantém força em maio com recordes em novos nichos e avanço internacional

Apesar de leve queda geral, exportações alcançam US$ 14,9 bi com destaque para suco de frutas, celulose e carne suína

Elaine Oliveira
Capital News

Mesmo com uma leve retração de 1,4% nas exportações em relação ao mesmo mês de 2024, o agronegócio brasileiro manteve sua resiliência e fechou maio de 2025 com US$ 14,9 bilhões em vendas externas. O resultado foi influenciado pela queda de 4,2% no volume embarcado, mas compensado, em parte, pela alta de 2,9% nos preços médios dos produtos.

A atuação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), sob a liderança do ministro Carlos Fávaro, tem impulsionado a diversificação da pauta exportadora e a abertura de mercados, com 25 novos destinos abertos só em maio, somando 381 acessos desde o início da gestão. Destaque para países africanos, após o “II Diálogo Brasil-África sobre Segurança Alimentar”, e também para a China, que recebeu missão presidencial e segue como principal parceiro do setor.

Produtos não tradicionais registraram recordes históricos de exportação:

Suco de frutas: subiu de US$ 11,3 milhões para US$ 25,5 milhões (+126%)

Sorvetes: avanço de 78,6%, chegando a US$ 6,4 milhões

Goiaba: exportações dobraram, alcançando US$ 278 mil

Óleo de amendoim: saltou para US$ 30,1 milhões (+125%)

Manteiga de cacau e sebo bovino também tiveram melhor maio da série histórica

A celulose foi um dos principais destaques: bateu recorde em volume (2,1 milhões de toneladas) e valor (US$ 981,5 milhões), com a China ampliando as compras em quase 60%. Já a carne suína in natura teve crescimento de 30,6%, somando US$ 274,4 milhões, puxada pela demanda de Filipinas, Chile, Japão e Cingapura.

Mesmo diante do primeiro caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em granja comercial, identificado no Rio Grande do Sul, a resposta rápida do Mapa evitou impactos mais severos. A atuação sanitária eficiente e o diálogo transparente com países importadores permitiram que a avicultura mantivesse desempenho relevante.

Setores consolidados como o florestal e o sucroalcooleiro também mantiveram protagonismo. Mesmo com queda no volume de açúcar exportado, o crescimento para a China (+354%) ajudou a equilibrar o resultado. O café, valorizado no mercado internacional, contribuiu para elevar o índice médio de preços, mesmo com menor volume.

O desempenho de maio reforça a capacidade de adaptação do agro nacional, com ações estratégicas, abertura de mercados e valorização da diversidade da produção brasileira, que segue como pilar essencial das exportações do país.

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