A nova tarifa do transporte coletivo de Campo Grande foi anunciada nesta sexta-feira (17) pela prefeitura de Campo Grande e tem reajuste definido a R$ 2,85 a partir de 1º de março. Assim, os vereadores da Capital que gostariam de participar ou "interferir" no reajuste chegaram atrasados no processo. Na sessão da Câmara municipal de ontem aprovaram um requerimento solicitando que a prefeitura apresentasse a planilha de custo do transporte coletivo da Capital, aos vereadores, para analise e possível negociação.
Com o anúncio, se encerra qualquer negociação, pois hoje o executivo municipal publicou o aumento de mais R$ 0,15, já para próxima semana. O reajuste foi de 5,56%, que segundo a prefeitura ficou abaixo da inflação oficial acumulada nos últimos 12 meses.
O vereador Alex (PT) foi quem apresentou o requerimento, mas a aprovação foi unânime e não recebeu nenhuma objeção nem mesmo do líder do prefeito. Alguns parlamentares defenderam que Câmara analisasse a planilha ofical antes do reajuste. Como lembraram que o estudo de custos elaborado pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) para orientar a proposta tarifária, também fosse apresentado à Câmara e estudado, antes de o prefeito autorizar o reajuste.
Há alguns dias chamavam a atenção para a polêmica do novo reajuste, que estava com pedido pelos empresários para ser de R$ 3. "Com o segundo preço mais caro do país, leva os vereadores a pedirem atenção do prefeito Nelson Trad Filho e a participação efetiva da Câmara na analise da planilha antes do repasse do aumento" disse.
Reajuste abaixo da inflação e com análise social, disse Rudel
O diretor da Agetran (Agencia municipal de Transporte e Trânsito), Rudel Trindade, justifica o aumento dentro do aumento de custos das empresas e diz que os números passou pela análise de entidades. " O levantamento da Agetran mostra que o aumento de custo de vários insumos do transporte coletivo acabou repercutindo sobre o preço final da tarifa. O preço de um pneu subiu 10,32%; os salários 7,80%; o preço do óleo diesel caiu 3,37%, mas os gastos com compra de chassi cresceram 10,19% . Mas a alta passou pelo crivo da Agência municipal de Regulação de Serviços Públicos e do Conselho de Regulação, órgão de controle social com representantes da sociedade", disse.
Rudel disse que o Conselho, inclui o Crea (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia), OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Acicg (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande), Cedampo (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor). "Os números foram apresentados e debatidos por esses segmentos", lembrou.