Estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) demonstrou que não há eficácia num possível reforço da vacina Bacille Calmette-Guérin (BCG) durante a fase adulta para combater o vírus Mycobacterium tuberculosis, que causa a tuberculose. A pesquisa foi inicialmente realizada com o intuito de averiguar se o imunizante teria eficácia na prevenção de profissionais de saúde contra a covid-19, mas a conclusão também foi negativa.
O estudo realizado nas cidades de Campo Grande (MS), Manaus (AM) e Rio de Janeiro (RJ) foi conduzido pelos infectologistas Julio Croda e Marcus Lacerda e pela pneumologista Margareth Dalcolmo. Os resultados apontam que apesar de ser o imunizante mais utilizado para prevenir as diversas formas em que a tuberculose se apresenta, a vacina BCG tende a ter sua eficácia reduzida após o quinto ano de idade do indivíduo.
Embora não seja 100% eficaz na prevenção da tuberculose pulmonar mesmo no seu público-alvo, crianças de até 4 anos, o imunizante impede que as formas mais graves da doença se propaguem quando há vacinação em massa. Oferecida em dose única, a BCG é ofertada nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) através do Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), nos países onde a tuberculose é frequente e a vacina integra o programa de vacinação infantil, são prevenidos mais de 40 mil casos anuais de meningite tuberculosa.
A tuberculose é transmitida a partir de gotículas de saliva e pode ser propagada até mesmo por pessoas saudáveis que não apresentam sintomas da doença. Já indivíduos imussuprimidos tendem a desenvolver as formas mais graves da doença com sintomas como tosse, falta de ar, dores no peito, fraqueza, perda de peso, febre e suores. Além do sistema respiratório, a condição pode afetar também ossos, rins e meninges.