A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) divulgou um novo boletim com dados sobre o avanço da coqueluche nas Américas. Até o momento, foram registrados 43.751 casos, sendo os Estados Unidos o país com maior número (10.062). O Brasil aparece em segundo lugar, com 1.634 casos confirmados nos quatro primeiros meses de 2025, incluindo cinco mortes.
Mato Grosso do Sul lidera o ranking nacional, com 318 casos confirmados e um óbito. São Paulo aparece em seguida, com 274 casos, e o Rio Grande do Sul, com 234. A faixa etária mais afetada no país são crianças com menos de um ano, que representam 27,7% dos casos. “Os bebês são os mais vulneráveis à forma grave da doença”, alertou a OPAS.
Segundo a entidade, o aumento da doença está diretamente ligado à queda na cobertura vacinal durante a pandemia. “Em 2021, a região das Américas atingiu o nível mais baixo de imunização em 20 anos”, destacou o boletim. As vacinas DTP1 e DTP3, fundamentais para prevenir a coqueluche, chegaram a coberturas de apenas 87% e 81%, respectivamente.
Em Campo Grande, uma criança de apenas 1 mês e 29 dias morreu em fevereiro após contrair a doença. “A bebê não tinha comorbidades nem histórico de contato com doentes”, informou o Centro de Vigilância em Saúde. O caso foi confirmado por laboratório dias após o óbito. A vacinação continua sendo a principal forma de prevenção e está disponível na rede pública.