A terça-feira (22) marca o retorno dos funcionários da Santa Casa de Campo Grande às manifestações, com o segundo dia de paralisação marcada para às 6h30. O protesto é contra a falta de pagamento do 13º salário, e, caso o valor não seja repassado, a categoria pode convocar uma assembleia para decidir se entra em greve, sem data definida para o fim da paralisação.
A diretoria do hospital alega que a situação financeira crítica vem desde o ano passado e, embora o governo do Estado tenha aumentado os repasses mensais para cerca de R$ 9,5 milhões, o hospital continua sem os recursos necessários para honrar com os pagamentos dos funcionários. "Este problema é crônico e estamos lutando para equilibrar as finanças", declarou a presidente da Santa Casa, Alir Terra.
Por outro lado, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) argumenta que está em dia com os repasses regulares e que os valores estão sendo transferidos conforme o contrato, dentro do prazo estipulado. A SES também informou que vai recorrer da decisão que determinou o aumento dos repasses, que, segundo a Justiça, deveria ser de aproximadamente R$ 3,3 milhões a mais por mês.
• Saiba mais sobre a greve na Santa Casa
A mobilização continua, e o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de MS (Siems), Lázaro Santana, explicou que a paralisação pode ser prolongada até que a questão seja resolvida. Caso a greve seja decidida, o hospital terá 72 horas para reorganizar a escala de trabalho, a fim de garantir a continuidade dos atendimentos essenciais. O hospital ainda tenta negociar um empréstimo para quitar a dívida de R$ 14 milhões, mas sem uma solução definida até o momento.
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