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Saúde e Bem Estar Quarta-feira, 14 de Agosto de 2024, 19:27 - A | A

Quarta-feira, 14 de Agosto de 2024, 19h:27 - A | A

Itaporã

Febre do Oropouche tem primeiro caso autóctone em Mato Grosso do Sul

Paciente de Itaporã já se recuperou; vigilância é reforçada no estado

Fernanda Oliveira
Capital News

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) de Mato Grosso do Sul confirmou nesta quarta-feira (14) o primeiro caso de Febre do Oropouche autóctone no estado. O paciente, um homem de 52 anos, morador de Itaporã, foi diagnosticado em abril e já se recuperou. Esse caso marca uma nova etapa no combate à doença, já que a infecção ocorreu no local de residência do paciente, indicando a presença do vírus na região.

Desde a notificação do primeiro caso importado em junho, a SES intensificou a vigilância em conjunto com os municípios. Foram realizadas coletas de amostras de pacientes com sintomas semelhantes e enviados ao Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). A confirmação do caso autóctone foi possível graças a essas ações preventivas e ao uso de estratégias de detecção mais abrangentes.

A Febre do Oropouche é transmitida principalmente por mosquitos e apresenta sintomas como dor de cabeça, febre e dores no corpo, semelhantes aos da dengue. O ciclo de transmissão pode ser tanto silvestre, envolvendo animais como macacos e bichos-preguiça, quanto urbano, com os humanos como principais hospedeiros. Até o momento, não existe tratamento específico para a doença, sendo recomendado repouso e hidratação.

A confirmação de um caso autóctone em Mato Grosso do Sul acende um alerta para a população e as autoridades. Segundo Jéssica Klener Lemos dos Santos, gerente técnica estadual de Doenças Endêmicas, a vigilância da doença está sendo reforçada. Desde junho, foram testadas 818 amostras que deram negativo para outras arboviroses, e apenas duas confirmaram a presença do vírus Oropouche.

Apesar da gravidade da situação, as autoridades de saúde ressaltam que não há motivo para pânico. A orientação é que a população fique atenta aos sintomas e adote medidas preventivas, como o uso de roupas que cubram o corpo e a proteção contra picadas de mosquitos, especialmente em áreas com maior incidência do vetor transmissor.

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