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Cotidiano Sexta-feira, 05 de Dezembro de 2008, 09:07 - A | A

Sexta-feira, 05 de Dezembro de 2008, 09h:07 - A | A

OAB divulga nota de Repúdio contra \"tarifaço\"

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

 "Agressiva, ofensiva e estapafúrdia". Assim, o presidente da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso do Sul (OAB-MS), Fábio Trad, classificou a declaração do desembargador Vladimir Abreu da Silva que, em entrevista coletiva à imprensa concedida hoje (4) para tentar justificar o anteprojeto de lei que o Tribunal de Justiça que prevê aumento de até 3 mil por cento nas custas judiciais, acusou a OAB-MS de estar “preocupada apenas com o lucro dos advogados” ao alertar a sociedade civil contra o “tarifaço” que pode tornar inacessível a justiça, como um artigo de luxo, para a classe média de Mato Grosso do Sul. A afirmação de Fábio Trad está em “Nota de Repúdio” às declarações do desembargador.

Na "Nota de Repúdio", o presidente da OAB-MS frisa que, “além da OAB, dez outras entidades não ligadas ao mundo jurídico também defendem a rejeição do projeto”. E acrescenta: “Lucro quem está perseguindo é a índice obsceno de taxa que o Tribunal de Justiça quem impingir à classe média assalariada de Mato Grosso do Sul.”

Veja a íntegra da nota:

NOTA DE REPÚDIO

A afirmação do desembargador Vladimir Abreu da Silva de que a OAB está em defesa dos lucros dos advogados é agressiva, ofensiva e estapafúrdia, pois, além da OAB, dez outras entidades não ligadas ao mundo jurídico (Federação das Indústrias – Fiems; Associação Comercial e Industrial de Campo Grande - ACICG; Federação do Comércio - Fecomércio-MS; Federação da Agricultura e Pecuária - Famasul; Sindicato da Habitação – Secovi-MS; União Estadual de Estudantes - UEE; Diretório Central de Estudantes da UCDB; Sindicato dos Empregados no Comércio de Campo Grande; Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de MS; Diretório Central de Estudantes (DCE) da Faculdade Estácio de Sá e Comunidade Santa Terezinha - São Judas Tadeu) também defendem a rejeição do projeto.

Advogado não vive de lucro, mas de honorários, palavra que deriva de honra e é o que dignifica o trabalho sagrado do advogado. Lucro quem está perseguindo é a índice obsceno de taxa que o Tribunal de Justiça quem impingir à classe média assalariada de Mato Grosso do Sul.

Se esta mesma agressividade fosse utilizada para dizer não a quem reduziu o duodécimo, como o fez o TJ do Rio Grande do Sul, a OAB seria poupada desta ofensa que só compromete a boa relação construída ao longo deste mandato pelas duas instituições.

Fábio Trad
Presidente da OAB-MS

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