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Cotidiano Quarta-feira, 13 de Abril de 2011, 08:45 - A | A

Quarta-feira, 13 de Abril de 2011, 08h:45 - A | A

Missa de 7º dia para vítimas do massacre de Realengo acontece nesta quarta-feira

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

O arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta, irá celebrar a partir das 9h desta quarta-feira (13) a missa de 7º dia para as 12 crianças vítimas do massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro.

A missa será na rua General Bernardino de Matos, local próximo à escola. Segundo a Arquidiocese do Rio de Janeiro, a celebração seria realizada no pátio do colégio, porém, devido ao grande número de pessoas que deseja participar do ato ecumênico, a missa foi transferida para um lugar maior.

Entenda o caso

Por volta das 8h de quinta-feira (7), Wellington Menezes de Oliveira, 23 anos, ex-aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, entrou no colégio após ser reconhecido por uma professora e dizer que faria uma palestra (a escola completava 40 anos e realizava uma série de eventos comemorativos).

Armado com dois revólveres de calibres 32 e 38, ele invadiu duas salas e fez vários disparos contra estudantes que assistiam às aulas. Ao menos 12 morreram e outros 12 ficaram feridos, de acordo com levantamento da Secretaria Estadual de Saúde.

Duas adolescentes baleadas, uma delas na cabeça, conseguiram fugir e correram em busca de socorro. Na rua Piraquara, a 160 m da escola, elas foram amparadas por um bombeiro. O sargento Márcio Alexandre Alves, de 38 anos, lotado no BPRv (Batalhão de Polícia de Trânsito Rodoviário), seguiu rapidamente para a escola e atirou contra a barriga do criminoso, após ter a arma apontada para si. Ao cair na escada, o jovem se matou atirando contra a própria cabeça.

Com ele, havia uma carta em que anunciava que cometeria o suicídio. O ex-aluno fazia referência a questões de natureza religiosa, pedia para ser colocado em um lençol branco na hora do sepultamento, queria ser enterrado ao lado da sepultura da mãe e ainda pedia perdão a Deus.

Os corpos dos estudantes e do atirador foram levados para o IML (Instituto Médico Legal), no centro do Rio de Janeiro, para serem reconhecidos pelas famílias. Onze estudantes foram enterrados na sexta-feira (8) e uma foi cremada na manhã de sábado (9).

O corpo do atirador permanece no IML. Ele ficará no local por até 15 dias aguardando reconhecimento por parte de um familiar e liberação para enterro. Caso isso não ocorra, o homem pode ser enterrado como indigente a partir do dia 23 de abril.(R7)
 

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