Um estudo coordenado pela Wetlands International Brasil e pela Mupan revelou que o Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro (PEPRN), em Mato Grosso do Sul, tem alto potencial para se tornar referência nacional na geração de créditos ambientais. A pesquisa, feita em parceria com o Imasul e apoio da Semadesc, aponta o parque como modelo para iniciativas que unem conservação e sustentabilidade financeira.
A proposta baseia-se em Soluções Baseadas na Natureza (SbN), utilizando metodologias como desmatamento evitado (REDD) e manejo integrado do fogo (MIF), esta última já aplicada com sucesso em países como Austrália e regiões da África. Com isso, o parque pode gerar créditos de carbono e, especialmente, créditos de biodiversidade, que podem financiar sua conservação de forma contínua.
O projeto também envolveu análises legais e de governança para viabilizar a aplicação dessas metodologias no contexto da gestão pública. O governo estadual considera a iniciativa estratégica, tanto pela inovação quanto pelo potencial de replicação em outras unidades de conservação, como o Parque Estadual das Nascentes do Rio Taquari.
Entre os diferenciais do estudo, está a valorização dos créditos de biodiversidade com base em critérios internacionais. Foram realizados levantamentos de fauna, flora, dinâmica do fogo e estoques de carbono. A proposta está alinhada à meta de neutralidade de carbono de Mato Grosso do Sul até 2030 e pode consolidar o PEPRN como referência em políticas ambientais no Brasil.
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