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Meio Ambiente Quinta-feira, 06 de Fevereiro de 2025, 07:51 - A | A

Quinta-feira, 06 de Fevereiro de 2025, 07h:51 - A | A

Cenário Alarmante

Pantanal continua com risco de seca e incêndios em 2025

As perspectivas para 2025 dependem da chegada de chuvas mais intensas no sul, que poderiam ajudar a recuperar a umidade da vegetação

Viviane Freitas
Capital News

Estudos recentes conduzidos pela pesquisadora Fernanda Cano, da ONG Ecoa, revelam um panorama preocupante para a umidade da vegetação na parte sul do Pantanal. Com base em imagens de satélite de 2020, 2024 e 2025, a pesquisa indica que a seca tem se intensificado ao longo dos anos, o que levanta preocupações sobre a possibilidade de grandes incêndios na região este ano.

Os dados apontam que a seca de 2024 foi mais severa do que a de 2020, mas, surpreendentemente, o Pantanal sofreu 2 milhões de hectares a menos de queimadas em 2024 do que no ano anterior. Esse dado sugere que, apesar do regime hídrico mais crítico, algum fator conseguiu reduzir a incidência de incêndios, mas os riscos continuam altos.

Desde 2020, as sub-bacias do norte do Pantanal têm recebido mais água que as do sul, o que tem afetado diretamente a umidade da vegetação e o risco de incêndios. Essa diferença foi ainda mais acentuada em 2024, quando fortes chuvas causaram inundações no norte e vários municípios decretaram estado de emergência.

Enquanto isso, a parte sul do Pantanal continua enfrentando um déficit hídrico grave, o que compromete a capacidade da vegetação de resistir aos períodos de seca. Esse cenário é ainda mais preocupante quando se observa que, em anos anteriores, a região já sofreu grandes queimadas devido à falta de umidade e água.

As perspectivas para 2025 dependem da chegada de chuvas mais intensas no sul, que poderiam ajudar a recuperar a umidade da vegetação. Porém, especialistas alertam que a quantidade de água acumulada no norte será um fator crucial para determinar se a região sul será alagada e se isso será suficiente para reduzir os riscos de incêndios. O clima também promete desafios, com previsões de um cenário semelhante ao de 2024 devido à influência do fim do La Niña e a fase Neutra nas águas do Pacífico.

 

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