Até o fim de julho de 2025, Mato Grosso do Sul registrou 848 focos de incêndio, o menor número para o período dos últimos 11 anos, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em comparação com 2024, quando o estado teve 5.419 focos, a queda foi de 539%. O coronel Adriano Rampazo, do Corpo de Bombeiros, acredita que o aumento das chuvas neste ano tem sido um dos principais fatores para essa redução.
A redução também está ligada ao fato de que o estado não está enfrentando o impacto do fenômeno climático El Niño, que no ano passado foi um dos principais responsáveis pelas queimadas intensas. Embora as previsões mostrem que o estado poderá enfrentar incêndios, Rampazo acredita que a temporada será menos severa do que em 2024, especialmente por conta das chuvas e da ausência de ondas de calor causadas pelo El Niño.
No Pantanal, até julho, foram registrados apenas 125 focos de incêndio, um número significativamente inferior aos 1.218 focos registrados no mesmo mês em 2024. O sistema de monitoramento Pantera, com o apoio de organizações bolivianas e brasileiras, detectou uma linha de fogo na região da Serra do Amolar, mas sem registro de incêndio no Brasil até o momento. Essa situação reforça a necessidade de um esforço conjunto entre os dois países para combater incêndios florestais na região fronteiriça.
Apesar de o cenário atual ser mais tranquilo, o diretor-presidente do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), Angelo Rabelo, destaca que o período crítico se aproxima. A partir de agosto, o monitoramento intensivo e ações preventivas deverão ser fortalecidos para garantir que as queimadas não se intensifiquem, especialmente com a possibilidade de uma estação seca no segundo semestre.
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