Desde sexta-feira (12), o incêndio que começou perto do Balneário Vale do Paraíso já devastou áreas como a pousada Refúgio Canaã e a cachoeira Boca da Onça, maior queda d’água de Mato Grosso do Sul. As chamas seguem ativas e já se aproximam a cerca de dois quilômetros do Parque Nacional da Serra da Bodoquena. “O fogo continua, ele passou pelo Refúgio, queimou tudo no morro e já passou pela Boca da Onça também”, relatou Aparecido Rojo, proprietário do Refúgio Canaã.
O combate segue difícil por conta do terreno acidentado, que impede o uso de veículos. Segundo o tenente Ronaldo Machado, do Corpo de Bombeiros de Bonito, o combate é feito com bombas costais e abafadores. “É uma morraria, então não entra nenhum veículo”, explicou. Aviões devem ser usados para conter o fogo, que avança lentamente desde sábado (13). Ainda de acordo com o bombeiro, os animais estão conseguindo fugir e não há risco iminente a residências.
O chefe do Parque Nacional, Sandro Pereira, alertou que o fogo pode atravessar o rio Salobra e atingir áreas protegidas. “Tem o rio entre o incêndio e o Parque, mas se o vento estiver forte, o fogo pula”, disse. Ele também reforçou a suspeita de que o incêndio tenha começado após uma moradora colocar fogo em uma capivara morta. “Não se brinca com fogo, começou com um evento simples”, completou.
Moradores relatam o avanço rápido das chamas e a gravidade da situação. O jornalista Gerson Jara, que possui uma reserva particular na região, precisou fazer um aceiro às pressas para proteger sua propriedade. “Está muito seco, a água nunca é suficiente”, comentou. Ele contou ainda que o incêndio chegou a ameaçar uma antiga escola desativada. A vegetação seca e o vento forte continuam favorecendo a propagação do fogo. As informações são do Capital News.
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