Com a chegada do período chuvoso, moradores de Campo Grande voltam a se preocupar com o caramujo-africano. O animal encontra no clima úmido condições ideais para se multiplicar rapidamente, tornando-se um problema em quintais, jardins e terrenos abandonados.
O caramujo-africano foi introduzido no Brasil nos anos 1980 como alternativa alimentar, mas acabou rejeitado e descartado. Sem predadores naturais e com reprodução acelerada, transformou-se em uma praga urbana. Paulo Protásio, assessor técnico da Vigilância em Saúde de Alagoas, explica: “É justamente por causa dessa fácil proliferação que eles costumam aparecer em grandes quantidades nesse período chuvoso … Como esse molusco não tem um predador direto, não há como erradicá-lo completamente. Por isso, precisamos fazer o controle.”
Além do impacto ambiental, a espécie pode transmitir parasitas causadores de doenças como meningite eosinofílica e angiostrongilíase abdominal. A contaminação ocorre pelo contato com o muco ou ingestão acidental do animal. Embora os registros de infecção sejam raros, a atenção continua sendo essencial para proteger a população.
A prevenção é simples, mas exige disciplina: manter quintais limpos, sem restos de alimentos ou entulhos, elimina o ambiente ideal para a proliferação. Também é importante fechar frestas e reduzir pontos de umidade, que funcionam como abrigo natural para o caramujo.
Quando necessário, a remoção deve ser manual e sempre com luvas. O descarte adequado inclui amassar os animais e colocá-los em sacolas plásticas na lixeira comum ou enterrá-los com cal virgem. Como alerta José Milton Largo, biólogo, “sem manejo contínuo, a infestação retorna, porque esses caramujos podem viver de cinco a sete anos”.
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