Após quatro dias da decisão da juíza Janete Lima Miguel, da 2ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande, que suspendeu a realização do leilão organizado pelos produtores, chamado de Resistência, a Justiça Federal voltou atrás e liberou o evento, por meio de uma nova decisão proferida na sexta-feira (6).
Segundo informações da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), a mesma decisão vetou a utilização para fins ilícitos dos recursos provenientes do leilão.
Francisco Maia, presidente da Acrissul, afirmou na manhã de hoje para o Capital News que esta decisão já era esperada pelos produtores. “A decisão anterior era equivocada. É importante reafirmar que jamais participaríamos de um ato que vai contra a legalidade, porque é justamente contra isso que estamos lutando”, afirmou Maia. “Estamos lutando contra as invasões, que em si, são ilegais”, disse o presidente.
O leilão da Resistência será às 14h, no Parque de Exposições Laucídio Coelho, em Campo Grande, realizado pela Acrissul e pela Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul). Cerca de 800 animais foram doados e serão levados a remate.
Segundo a Acrissul, os recursos levantados pelo leilão serão revertidos em ações do movimento ruralista que luta pelo direito de propriedade e contra as invasões de terras por indígenas no Estado, que já somam 80 invasões.
Deputados federais e senadores da Frente Parlamentar Agropecuária já estão na Capital para a realização do evento, como Ronaldo Caiado (GO), Paulo César Quartiero (RR) e os deputados sul-mato-grossenses, Luiz Henrique Mandetta (DEM) e Reinaldo Azambuja (PSDB). Já confirmaram presença, Kátia Abreu, presidente da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), além dos senadores Waldemir Moka (PMDB) e Ruben Figueiró (PSDB).