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Greve

Greve de ônibus pode parar após atraso salarial em Campo Grande

Mesmo com o repasse de 50% dos valores atrasados, a categoria decidiu cruzar os braços a partir de segunda-feira

Viviane Freitas
Capital News

O pagamento parcial dos salários dos motoristas não foi suficiente para conter a crise no transporte coletivo de Campo Grande. Mesmo com o repasse de 50% dos valores atrasados, a categoria decidiu cruzar os braços a partir de segunda-feira, deixando a cidade sob risco de ficar sem ônibus.

Para os trabalhadores, o problema vai além do atraso pontual. A paralisação foi definida após assembleia e reflete o desgaste com uma rotina de incertezas. Segundo o sindicato, sem o salário integral, o 13º e o adiantamento, não há acordo possível para manter o serviço funcionando.

O presidente do STTCU-CG, Demétrio Freitas, foi direto ao comentar a decisão. “Não existe meio pagamento. Ou o trabalhador recebe tudo ou o ônibus não sai”, afirmou ao confirmar a greve.

Enquanto os motoristas pressionam por seus direitos, o Consórcio Guaicurus enfrenta questionamentos fora das garagens. Uma ação popular pede a intervenção da concessionária, apoiada em denúncias de má gestão e falhas estruturais apontadas pela CPI do Transporte.

O relatório da comissão revelou problemas como frota envelhecida, falta de manutenção e ausência de seguros, além de dificuldades financeiras. Esses pontos reforçam o argumento de que a crise é estrutural e não apenas trabalhista.

Veja a nota do Consórcio:

O Consórcio Guaicurus informa que hoje, 12 de dezembro de 2025, foi efetuado o pagamento de 50% (cinquenta por cento) do salário que estava em atraso. O Consórcio lamenta profundamente não ter conseguido quitar o valor integral devido neste momento.

Os valores recebidos e recursos disponíveis foram prioritariamente destinados à folha de pagamento da equipe, além do pagamento de outros itens necessários para a circulação dos ônibus, como combustível e itens para a manutenção dos veículos.

A administração esclarece que, infelizmente, as linhas de crédito disponíveis já estão tomadas, o que limita a capacidade imediata de obtenção de novos recursos para o adimplemento total da dívida.

O Consórcio Guaicurus reitera seu compromisso com seus colaboradores, bem como com a população de Campo Grande, e informa que está trabalhando de forma contínua e incansável para obter os recursos necessários e finalizar o pagamento da parcela restante o mais rápido possível.

Com trabalhadores sem salário e usuários dependentes do transporte público, a possível paralisação expõe um sistema fragilizado. A segunda-feira pode marcar mais um capítulo de um impasse que mistura direitos trabalhistas, gestão do serviço e o direito da população de ir e vir.

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