Paulo FernandesComunicação da Sead

O censo quer criar ações direcionadas e integradas que promovam qualidade de vida a pessoas em situação de rua
Gilmar dos Santos Gonçalves vive há 20 anos em um barraco precário na encosta do rio Anhanduí, no meio da movimentada avenida Ernesto Geisel, em Campo Grande. Ele sobrevive da venda de materiais recicláveis e de doações, enfrentando as dificuldades de quem não tem moradia fixa. “Sempre morei na rua aqui em Campo Grande. Na minha cidade também, em Goiás, morava no meu barraquinho na beira do rio, assim”, conta Gilmar.
Para mapear e incluir pessoas como Gilmar nas políticas públicas, o Governo de Mato Grosso do Sul, junto com a Defensoria Pública Estadual e a Prefeitura de Campo Grande, iniciou o primeiro censo da população em situação de rua no Estado. A ação conta ainda com a participação da Secretaria-Executiva de Gestão Estratégica (Segem/Segov) e do IBGE.
“A decisão de fazer esse censo foi para contabilizar as pessoas em situação de rua e usar esses dados como base para futuras políticas de Estado”, explica a secretária de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos, Patrícia Cozzolino. “Queremos garantir que essas pessoas tenham dignidade e acesso aos benefícios sociais disponíveis”, completa.
A coordenadora do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos, defensora pública Thaisa Defante, destaca o impacto do trabalho iniciado em 2024. “Essa contagem é uma conquista para que possamos construir políticas públicas mais eficazes, evitando que mais pessoas cheguem às ruas e ajudando quem já está a sair dessa situação”, afirma.
Camilla Nascimento, secretária municipal de Assistência Social, reforça a importância do levantamento. “Nunca tivemos dados concretos e detalhados sobre essa população em Campo Grande. O censo nos dará uma base sólida para criar ações mais direcionadas e integradas que promovam qualidade de vida a essas pessoas”, avalia.
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