Quatro pessoas morreram após a queda de um avião de pequeno porte na noite de terça-feira, 23 de setembro, em Aquidauana, no Pantanal sul-mato-grossense. A aeronave caiu e explodiu ao lado da pista da Fazenda Barra Mansa, uma área turística da região. As vítimas foram o piloto Marcelo Pereira de Barros, o arquiteto chinês Kongjian Yu, e os cineastas Luiz Fernando Ferraz e Rubens Crispim Jr., que estavam na região para gravar um documentário sobre sustentabilidade.
O avião, um Cessna 175 fabricado em 1958, tinha autorização apenas para voos privados, durante o dia, e sob regras visuais. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave não poderia realizar voos noturnos nem funcionar como táxi-aéreo. No entanto, a produtora responsável pelo documentário confirmou que o transporte foi contratado, o que pode indicar uma atividade comercial irregular.
O acidente ocorreu durante uma tentativa de pouso. Testemunhas relataram que o piloto realizou uma manobra de arremetida antes da queda, o que está sendo analisado como um dos possíveis fatores do acidente. A Polícia Civil e o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) investigam o caso, mas ainda não há uma conclusão sobre a causa da queda.
Além da possível irregularidade do voo, as autoridades também investigam por que a aeronave operava fora das condições autorizadas, já que parte do trajeto foi realizado após o pôr do sol. O avião já havia sido apreendido em 2019 sob suspeita de realizar táxi-aéreo clandestino, o que reforça as suspeitas sobre o atual voo.
Os corpos das vítimas brasileiras foram identificados por meio de exames de DNA no Instituto Médico Legal de Aquidauana. Já o corpo do arquiteto chinês Kongjian Yu só será liberado após a chegada de seus familiares ao Brasil, conforme uma tradição cultural chinesa. Ainda não há previsão para esse procedimento.
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O que falta saber é o que exatamente provocou a queda da aeronave. A hipótese de animais na pista foi descartada pela Polícia Civil. As investigações devem esclarecer se houve falha humana, problema mecânico ou outro fator que levou ao acidente. Enquanto isso, o caso segue sob apuração da FAB e das autoridades locais.
Reprodução/Redes Sociais; Academia Brasileira de Cinema; CAUBR

Da esquerda para direita: Marcelo Pereira de Barros, piloto; proprietário da aeronave Luiz Fernando Feres da Cunha Ferraz, cineasta; Kongjian Yu, chinês considerado um dos maiores arquitetos do mundo e Rubens Crispim Jr., cineasta
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